O coronel da reserva da PM Luiz Nakaharada morreu neste sábado, de enfarte, em São Paulo. Ele participou do massacre do Carandiru, em 1992, e era o único acusado individualmente no processo.
O coronel respondia por cinco das 78 mortes de detentos do segundo andar do Pavilhão 9 e aguardava julgamento. Nakaharada era do 3.º Batalhão de Choque e o oficial mais graduado na ação depois do coronel Ubiratan Guimarães, morto em 2006. Segundo a PM, ele sofria de problemas cardíacos e estava aposentado desde 2009. Oficialmente, 111 presos morreram no massacre.
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Julgamento – Em abril, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a condenação de 23 policiais militares a 156 anos de prisão pelo assassinato a tiros de treze das 111 vítimas do massacre.
Em agosto, a segunda fase do julgamento dos policiais militares acusados de participação na matança terminou com a condenação de 25 réus. Os policiais receberam a sentença de 624 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de 52 detentos, mas poderão recorrer em liberdade.
A Justiça também determinou que os nove PMs que ainda estão na ativa devem perder o cargo público por abuso de poder – embora isso só deva acontecer quando todos os recursos estiverem esgotados. O cálculo da pena considerou uma pena de doze anos para cada homicídio.
(Com Estadão Conteúdo)