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Metrô processará rádio por propaganda de ‘xaveco à mulherada’

Órgão afirma que a peça publicitária não foi autorizada. Neste ano, mais de vinte pessoas foram presas por assédio dentro do sistema de transporte

Por Da Redação
26 mar 2014, 08h40

O Metrô de São Paulo afirmou que vai processar a rádio Transamérica por causa da propaganda que afirma que “trem lotado é bom para xavecar a mulherada”. A ação se dará, segundo o órgão, “pelo uso indevido e sem aprovação de seu nome em inserção testemunhal veiculada em programa da emissora”. “Nem o Metrô nem a agência Nova SB, à qual a Companhia encomendou campanha sobre obras de expansão da rede metroviária, foram informados de que tal conteúdo seria veiculado pela rádio Transamérica. O Metrô reitera que repudia o conteúdo veiculado pela rádio Transamérica”, diz nota divulgada pelo Metrô.

A propaganda, atribuída pela rádio ao Metrô, causou grande polêmica nas redes sociais ao falar sobre a lotação do sistema. A peça publicitária veiculada ao vivo num programa esportivo da rádio Transamérica causou embaraço. A inserção, que foi ao ar na última semana, não poderia ter sido divulgada em pior hora: a Polícia Civil prendeu mais de vinte pessoas neste ano por assédio a mulheres no sistema metroviário paulista. “Nos horários de pico, é normal trem e metrô lotados. É assim nas grandes metrópoles espalhadas pelo mundo. Para falar a verdade, até gosto do trem lotado, é bom para xavecar a mulherada, né mano (sic). Foi assim que eu conheci a Giscreuza”, diz o trecho da propaganda.

O Metrô informou que não aprovou previamente o conteúdo nem autorizou sua divulgação e sustenta que a rádio foi orientada a “mostrar a modernidade do Metrô de São Paulo e explicar que a lotação nos horários de pico acontece em todas as grandes cidades do mundo”. A rádio havia informado ao jornal O Estado de S.Paulo, por telefone, que a inserção tinha autorização prévia da companhia. A emissora foi procurada para comentar o processo, mas não se pronunciou.

Desde que os casos de abusos contra as mulheres dentro de vagões e plataformas que compõem o sistema começaram a ganhar visibilidade, o Metrô não divulgou nenhuma nota de repúdio aos frequentes assédios a que usuárias estão expostas rotineiramente. Uma das poucas estratégias adotadas para combater a violência, segundo o órgão, foi intensificar a repressão ao estúpido grupo autointitulado no Facebook “Encoxadores”. Em ação conjunta com os seguranças do Metrô e da CPTM, a Polícia Civil infiltrou homens à paisana para identificar os depravados dentro dos vagões e plataformas e efetuar prisões em flagrante.

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Leia também:

Polícia usa homens à paisana para identificar grupos que abusam de mulheres no metrô

(Com Estadão Conteúdo)

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