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Justiça aceita denúncia contra 16 pessoas suspeitas de tortura

Treze pessoas seguem presas, onze delas policiais, por acusação de torturar quatro suspeitos pela morte da adolescente no Paraná

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 ago 2013, 20h44

A 1ª Vara Criminal de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, Paraná, aceitou nesta quarta-feira a denúncia do Ministério Público do Paraná contra dezesseis pessoas acusadas de envolvimento em sessões de tortura contra os quatro suspeitos pela morte da adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos.

O MP denunciou 21 pessoas, mas cinco delas foram excluídas, pois não atuavam na delegacia do Alto Maracanã, em Colombo. Eles trabalhavam nos distritos policiais de municípios vizinhos, também na região metropolitana da capital paranaense. A Justiça dessas cidades ainda não acatou as denúncias.

Quando foram presos, no dia 27 de junho, os quatro suspeitos foram encaminhados para três delegacias diferentes – Alto Maracanã, Campo Largo e Araucária. Em cada um desses locais, o MP apreendeu instrumentos supostamente utilizados para tortura, como bastões de madeira, máquinas de choque elétrico e sacos plásticos.

Adiamento – O delegado Guilherme Rangel, que assumiu o caso com a saída de Silvan Rodney Pereira, preso desde julho, pediu mais trinta dias para a entrega do novo inquérito ao Ministério Público – o prazo venceria nesta quinta-feira.

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A Polícia Civil ainda procura provas plausíveis para responsabilizar os quatro suspeitos pelo crime, uma vez que a confissão obtida por tortura é considerada inválida. Após a descoberta das agressões, eles foram liberados pela Justiça e integrados a um programa de proteção a testemunhas.

Sob a acusação de prática de tortura, treze pessoas continuam presas onze delas são policiais. A defesa deles alega que houve alteração das provas coletadas no início das investigações, mas a Secretaria de Segurança Pública do estado afirma que elas permanecem intactas.

A Polícia Científica também descartou a hipótese inicial de que a jovem foi estuprada antes de morrer. Segundo a perícia, não foi encontrado sêmen no corpo de Tayná – estavam em suas roupas íntimas.

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Caso – No dia 25 de junho, o corpo de Tayná foi encontrado num terreno abandonado. Dois dias depois, a polícia prendeu quatro homens – Adriano Batista, Sérgio Amorin da Silva Filho, Paulo Henrique Camargo Cunha e Ezequiel Batista, que têm entre 22 e 25 anos. Eles trabalhavam num parque de diversões montado no mesmo bairro onde a garota morava.

Com a confissão dos acusados, o delegado Pereira deu o caso como encerrado. Dias depois, promotores da seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) questionaram a conclusão do inquérito ao constatar que os então detentos foram agredidos.

A reviravolta no caso veio com um laudo da perícia que desmentia a versão da polícia de que os suspeitos abusaram sexualmente de Tayná. O DNA do sêmen encontrado nas roupas da jovem não bateu com o material genético dos quatro funcionários. Apesar disso, não foi descartada a hipótese de participação deles no crime.

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