Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

MP denuncia 21 por torturar suspeitos no Paraná

Policiais, guardas municipais e dois detentos são acusados de torturar quatro suspeitos de estuprar e matar uma adolescente

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 ago 2013, 18h19

O Ministério Público do Paraná denunciou 21 pessoas envolvidas em práticas de tortura contra os quatro acusados da morte de Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, na cidade de Colombo, região metropolitana de Curitiba. Entre os indiciados estão 15 policiais civis, um ex-policial militar, dois guardas municipais, dois detentos e o delegado responsável pelas investigações, Silvan Rodney Pereira.

Dos 21 indiciados, treze já estão presos, incluindo o delegado. Dois deles, Lucas Garcia e José Paulo de Freitas, foram liberados pela Justiça no dia 29 de julho e voltaram a ser notificados pelo MP. Além deles, há uma escrivã acusada de falso testemunho e mais quatro policiais suspeitos pela participação na tortura – dois deles foram denunciados por crime de natureza sexual.

A acusação foi elaborada após vinte dias de investigação. Nesse período, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ouviu 61 pessoas e apreendeu um cassetete, uma máquina de choque elétrico, sacos plásticos e 50.000 reais, encontrados na residência de um dos acusados e na delegacia onde trabalhavam.

Entenda o caso – O crime aconteceu no dia 25 de junho. Dois dias depois, a polícia prendeu quatro homens – Adriano Batista, Sérgio Amorin da Silva Filho, Paulo Henrique Camargo Cunha e Ezequiel Batista, que têm entre 22 e 25 anos -, e deu o caso como encerrado.

Os suspeitos trabalhavam em um parque de diversões montado há pouco tempo na cidade. As investigações, conduzidas pelo delegado Pereira, indicaram que os homens planejaram a captura da jovem, que costumava passar pelo local. Num certo dia, eles a sequestraram, estupraram, mataram e depois a enterraram num terreno.

Continua após a publicidade

Laudos da perícia, no entanto, desmentiram a versão da polícia em relação ao estupro. O DNA do sêmen encontrado nas roupas da jovem não bateu com o material genético dos suspeitos. Em seguida, a seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que havia provas “inequívocas” de que a confissão dos suspeitos fora obtida por tortura.

Dada a reviravolta no caso, a Justiça determinou a libertação dos funcionários do parque. No dia 18 de julho, eles foram integrados no programa de proteção a testemunhas e encaminhados para outro estado. Apesar disso, não foi descartada a hipótese de eles serem os autores do crime.

No dia 23 de julho, o corpo de uma mulher, com sinais de espancamento, foi encontrado na área onde a adolescente foi morta. A polícia procura indícios da relação entre os casos. Jennifer Priscila de Oliveira, de 20 anos, foi vista pela última vez um dia antes, quando saía de uma ótica da cidade, onde trabalhava.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.