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Indicação de ‘Democracia em Vertigem’ impulsiona documentário de direita

Cineasta conservador critica 'Democracia em Vertigem', mas considera 'ótima' indicação ao Oscar

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 jan 2020, 12h59

O cineasta pernambucano Josias Teófilo tem aproveitado a repercussão da indicação ao Oscar do longa Democracia em Vertigem para impulsionar o financiamento do seu documentário, o Nem Tudo se Desfaz, cujo lançamento está previsto para março. Desde segunda-feira, ele já arrecadou pelo menos 3.500 reais. “Com a indicação, as doações voltaram a acontecer, e eu aproveitei para divulgar o crowdfunding”, disse o diretor a VEJA.

Será o sexto documentário produzido sobre o período de efervescência política que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e na ascenção do presidente Jair Bolsonaro – além de Democracia em Vertigem, já foram lançados O Processo (de Maria Augusta Ramos), Excelentíssimos (Douglas Duarte), O Muro (Lula Buarque), e Não Vai ter Golpe (do Movimento Brasil Livre).

Numa vertente ideológica oposta à do filme de Petra, o longa irá retratar as manifestações de junho de 2013 como o início de uma “revolução conservadora”. Entre os entrevistados, estão nomes de peso da direita, como o ex-estrategista de Donald Trump Steven Bannon, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o filósofo Olavo de Carvalho.

Assim como Petra, Josias não esconde as suas preferências políticas e costuma dizer que é o único cineasta assumido de direita. Ele foi o diretor do documentário Jardim das Aflições sobre a obra e os pensamentos de Olavo de Carvalho.

O cineasta conservador opinou que não gostou do Democracia em Vertigem – “o problema principal é ser monocórdico e contar placidamente uma história tão dramática” -, apesar de ter considerado “ótima” a sua indicação ao Oscar. “Vai trazer atenção para a situação política brasileira, e não acho que as pessoas que pesquisarem sobre o que aconteceu aqui vão chegar à mesma conclusão que Petra chegou. Se o cinema brasileiro influenciasse alguma coisa nós já estaríamos vivendo numa Venezuela”, afirmou ele.

Em tom bem humorado, ele ainda lembrou que em julho de 2019 previu a indicação para a premiação em um tuíte. “E, como Democracia em Vertigem, vai ser indicado ao Oscar – o que vai moldando a opinião da mídia internacional sobre o que está acontecendo no Brasil”, escreveu, na época. Nesse mesmo período, o documentário de Josias entrou em outra polêmica. A Ancine havia  autorizado a captação de 530.000 reais ao projeto por meio da Lei do Audiovisual. Após a notícia vir à tona, o presidente Jair Bolsonaro foi ao Twitter para dizer que “voltou atrás nessa questão”.

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