CNBB: sucessor de Bento XVI deverá vir ao Brasil em julho
Dom Raymundo Damasceno afirmou que "tem sido uma tradição a presença do papa nas Jornadas da Juventude"; evento será realizado em julho, no Rio
Por Da Redação
11 fev 2013, 15h34
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno, disse em entrevista nesta segunda-feira esperar que o sucessor do papa Bento XVI mantenha a tradição de acompanhar a Jornada Mundial da Juventude, que neste ano será realizada no Rio de Janeiro, em julho. Bento XVI anunciou que deixará o pontificado no próximo dia 28.
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“Tem sido uma tradição a presença do papa nas Jornadas da Juventude”, afirmou Dom Damasceno.”Ele (Bento XVI) chegou a usar uma frase a respeito da jornada: ‘Se não for eu, será meu sucessor'”, completou.
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Sobre a possibilidade de um cardeal brasileiro assumir a vaga de Bento XVI no Vaticano, dom Damasceno afirmou que não se deve desejar ser papa.”São só cinco cardeais brasileiros que participam do conclave (…) Chances todos têm, sem a pretensão de acreditar que serão eleitos. Tem que ser com muita humildade e muito temor. Quem deseja ser papa nem deveria ser”. Dasmasceno é um dos representantes da Igreja Católica no Brasil com menos de 80 anos, apto a participar da eleição.
A possibilidade de o futuro papa não ser europeu é vista como algo inusitado para o presidente da CNBB. “Se fosse um latino-americano, seria algo totalmente novo na história do pontificado. Nós não tivemos ainda nenhum papa (das Américas), nem da África, nem da Ásia. Não significa que deverá ser um europeu o próximo papa. Não importa a cor, a nacionalidade, o critério fundamental é o bem de toda a Igreja, toda a sociedade que temos em conta neste momento”, afirmou.
Em nota, a CNBB afirmou que acolheu “com amor filial as razões apresentadas por sua santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado”. Leia a íntegra da nota:
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.
Teólogo brilhante, Bento XVI entrará para a história como o “Papa do amor” e o “Papa do Deus Pequeno”, que fez do reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida.
A CNBB é grata a Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso país em 2007, para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são uma prova do quanto trazia no coração o povo brasileiro.
Agradecemos a Deus o dom do ministério de sua santidade Bento XVI a quem continuaremos unidos na comunhão fraterna, assegurando-lhe nossas preces.
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Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento singular da vida da Igreja de Cristo”.
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VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
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