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Castro teria recebido R$ 326 mil e US$ 20 mil de forma irregular, diz PF

Investigação foi usada pelo ministro do STJ Raul Araújo como base para mandados de busca e quebras de sigilo contei o governador, segundo a TV Globo

Por Da Redação Atualizado em 17 jan 2024, 21h57 - Publicado em 17 jan 2024, 21h50

Um relatório feito pela Polícia Federal indica que o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), recebeu em ao menos sete oportunidades pagamentos indevidos, entre 2017 e 2019 — ano em que ocupava o cargo de vice-governador do estado. Os valores, somados, chegariam a R$ 326 mil e US$ 20 mil. Tais informações foram citadas na decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça Raul Araújo, como base para os mandados de busca contra o irmão de Castro, Vinícius Sarciá, em dezembro do ano passado. As informações são do portal do RJTV 2 e da GloboNews. O mandatário nega as acusações e as classifica como “infundadas, velhas e requentadas”.

Os pagamentos de propina a Castro teriam iniciado quando ele ainda ocupava cargo de vereador do Rio, em 2017. Ele foi alçado ao Palácio Guanabara depois de ser eleito vice-governador, em 2018, na chapa de Wilson Witzel. Com o impeachment de Witzel, em 2020, Castro se tornou governador do Rio. E, no dia 20 de dezembro de 2023, teve seus sigilos telemático, fiscal e bancário quebrados na operação Sétimo Mandamento, a pedido do STJ — mesma ação que levou às buscas em endereços de Vinícius Sarciá.

Na decisão do ministro Raul Araújo, na ocasião, o magistrado afirma que “há indícios suficientes da prática de crimes, cuja dinâmica envolve a atuação de Cláudio Castro como o agente político apoiando a atuação ilícita das pessoas jurídicas comandadas por Flávio Chadud e Marcus Vinícius Azevedo da Silva, na execução de contratos públicos”. Chadud é empresário, dono de uma das empresas acusadas de integrar o esquema. Azevedo, por sua vez, foi assessor de Castro na Câmara do Rio, relatou ter repassado propina ao então vereador e também mais tarde, quando o político já atuava como vice-governador, em delação. Ele também teria entregado à Procuradoria-Geral da República provas da corrupção e chegou a ficar preso por cerca de um mês, em meio a investigações do Ministério Público do Rio e da Polícia Civil.

O ministro do STJ pontuou ainda, de acordo com a TV Globo, que Castro recebeu propina em diferentes locais: em casa, no estacionamento de um shopping, na casa de um assessor e na sede de uma empresa com contratos com o Estado. O então vice-governador também teria sacado valores desses pagamentos ilícitos durante uma viagem à Disney, depois que o suposto suborno foi depositado pelo empresário Flávio Chadud na conta bancária do atual governador no Brasil, de acordo com a PF. A decisão do STJ também revela, de acordo com a Globonews, trocas de mensagens em que Castro combina com dois empresários a entrega das propinas.

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A investigação em nível federal é derivada da Operação Catarata, do MPRJ e da Polícia Civil, em 2019. A ação, na ocasião, buscava desarticular um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII, uma instituição à época sob a supervisão do vice-governador Cláudio Castro, que oferecia serviços à população de baixa renda, como tratamento oftalmológico.

Em nota por meio de sua assessoria, a defesa do governador Cláudio Castro “informou que não teve acesso ao conteúdo da decisão do STJ, e reitera que a delação de Marcos Vinícius, réu confesso, é criminosa e já é objeto de nulidade junto aos Tribunais Superiores, em razão de sua absoluta inconsistência”.

“Vale ressaltar que as informações não passam de acusações infundadas, velhas e requentadas, muitas delas já exaustivamente publicadas pela própria mídia. Portanto, não há fatos novos desde 2019”, completa.

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