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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Prisão de mulher e filha podem levar Queiroz à delação

Ao longo da Operação Lava Jato, há quase uma dezena de casos de delações negociadas após a detenção de familiares de operadores

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jun 2020, 16h19 - Publicado em 18 jun 2020, 15h03

Junto da prisão de ex-policial militar Fabrício Queiroz, a Justiça do Rio decretou ainda a detenção preventiva da sua mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, alegando que soltos eles poderiam atrapalhar as investigações, ameaçar testemunhas e investigados e manipular provas. Márcia foi funcionária fantasma do gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro quando deputado estadual do Rio. Uma filha de Queiroz também era funcionária do gabinete sem aparecer no trabalho. A maior parte do dinheiro que as duas receberam foi depositada na mesma conta corrente na qual ex-policial gerenciava o desvio de salários de outros funcionários do gabinete de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio conhecido como “esquema da rachadinha”.

A eventual prisão da mulher e o envolvimento das filhas no processo é fundamental para entender os próximos capítulos desta escândalo que pode inviabilizar o governo Bolsonaro. Ao longo da Operação Lava Jato, há quase uma dezena de casos de delações que foram negociadas depois da prisão de familiares de operadores, a começar pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa ainda em 2014.

Fabrício Queiroz compartilhou da intimidade da família Bolsonaro por tanto tempo que seu depoimento tem o peso de arrastar o senador Flávio Bolsonaro e até mesmo o presidente em um pântano similar ao vivido pelo governo Dilma Rousseff a partir da prisão do marqueteiro João Santana, em 2016.

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O esquema da rachadinha era simples. Os funcionários devolviam parte de seus salários para as contas de Queiroz, que por sua vez faria retiradas em dinheiro. De acordo com as investigações, entre 2007 e 2018, o esquema da rachadinha movimentou cerca de R$ 6 milhões dos salários de servidores do gabinete de Flavio Bolsonaro. Há fortes suspeitas que parte desse dinheiro era usada para pagar contas diversas da família Bolsonaro. Um relatório do Coaf revelou que ele transferiu R$ 24 mil para a conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente alegou que o dinheiro corresponderia ao pagamento de um empréstimo. Nunca apresentou recibo nem declaração à Receita.

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No final de maio, ao rebater acusações feitas pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, durante transmissão na internet, Flávio Bolsonaro elogiou Queiroz e o chamou de “cara correto” e “trabalhador”. Hoje, através do seu perfil no Twitter, escreveu “mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro”. O senador tem razão. Só que o próximo lance pode ser de Queiroz.

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