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Prisão é ruim para o governo, diz líder do PSL no Senado; veja repercussão

Ainda há proximidade entre Flávio Bolsonaro e Queiroz, afirma Major Olímpio; para o líder do DEM na Câmara, Congresso tem 'outras agendas para cuidar'

Por André Siqueira Atualizado em 18 mar 2021, 16h33 - Publicado em 18 jun 2020, 12h02

O senador Major Olimpio (PSL-SP) afirmou que a prisão preventiva do ex-assessor do também senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando este era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Fabrício Queiroz, é “preocupante para o governo” do presidente Jair Bolsonaro. Queiroz foi preso em uma ação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) com a Polícia Civil de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 18, em um imóvel do advogado de Flávio e do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wasseff, em Atibaia, no interior de São Paulo.

“[A prisão de Fabrício Queiroz] É preocupante para o governo, sem dúvida. Os sinais iniciais dizem tudo. O presidente, ao sair da residência oficial, desce para cumprimentar apoiadores e dar a sua mensagem do dia. São mensagens simbólicas porque possuem trechos contundentes que mobilizam seus apoiadores. Ontem, ele deixou no ar, disse que estava chegando o momento de colocar cada um no seu lugar. Hoje não parou. Significa que não tem o que dizer”, afirmou Major Olimpio a VEJA.

Para o líder do PSL no Senado, o fato de Queiroz ter sido encontrado em um imóvel de Wasseff revela que ainda há uma grande proximidade entre Flávio e o ex-assessor. “Só demonstra que ele estava muito mais próximo do Flávio do que, até então, o próprio Flávio afirmava”, disse.

O deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), líder do partido na Câmara, afirmou que o episódio causará “ruído no Congresso”, mas ressaltou que as principais lideranças “têm outras agendas para cuidar”. “Pelo olhar do Congresso, é prematuro emitir qualquer opinião, vamos aguardar desdobramentos na área da Justiça. Temos outras agendas para cuidar. Vai gerar ruído no Congresso, principalmente por parte da oposição, mas o Congresso tem que estar concentrado na agenda da pandemia e da retomada da economia”, afirmou a VEJA.

O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), vice-líder do partido na Câmara, afirmou que a família Bolsonaro deve enfrentar o caso Queiroz “com a verdade”. “Um fantasma como Queiroz ou o presidente e os filhos enfrentam com a verdade e pagam o preço dos erros que cometeram ou ele assombrará cada vez mais esse governo”. Em outro tuíte, Ramos disse que o tema se transforma em um problema para o país “quando gera mais instabilidade num período tão sensível em que o país deveria estar focado em enfrentar os efeitos sanitários, econômicos e sociais da crise”. 

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O líder da minoria no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que enviou ofício ao ministro da Justiça, André Mendonça, pedindo “que seja assegurada a garantia de vida e incolumidade física de Fabrício Queiroz, sua esposa e familiares”. Afirmou ainda que fez pedidos semelhantes ao governo e à Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele anunciou também que pedirá investigações aos conselhos de ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Senado sobre as condutas de Wassef e Flávio, respectivamente.

Os petistas Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, e Enio Verri, líder do PT na Câmara, questionaram o fato de Flávio Bolsonaro e o presidente Jair Bolsonaro terem dito que desconheciam o paradeiro do ex-assessor. “Então, o desaparecido Queiroz estava na casa do advogado de Bolsonaro, que declarou, em 2019, não saber a do paradeiro do ex-assessor do então deputado estadual, Flávio Bolsonaro. Senta que lá vem história para desembaraçar esse novelo”, afirmou Verri.

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‘Jogo bruto’

Flávio Bolsonaro se manifestou pouco tempo depois sobre a prisão, disse que vê a operação com “tranquilidade” e atribuiu a uma perseguição política a investigação aberta contra ele e Queiroz. O senador não abordou na nota o fato de o ex-assessor ter sido preso em um imóvel do seu advogado.

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