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Mandetta: Anvisa aparenta distanciamento em relação à pesquisa das vacinas

Ex-ministro da Saúde critica politização em torno do imunizante e classifica episódio envolvendo a Coronavac como uma 'sucessão de desorganização'

Por Edoardo Ghirotto
Atualizado em 18 mar 2021, 20h12 - Publicado em 11 nov 2020, 13h03

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), demitido por Jair Bolsonaro em meio à pandemia da Covid-19, declarou a VEJA que a forma como a paralisação dos testes da vacina Coronavac foi tratada ao longo da terça-feira, 10, demonstra desorganização do governo federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no combate ao novo coronavírus. A agência deu aval para a retomada das pesquisas na manhã desta quarta, 11, após suspendê-las na manhã de segunda, 9, após receber a informação da morte de um voluntário dos testes.

“Foi uma sucessão de desorganização. Em primeiro lugar, nós temos a ausência completa do Ministério da Saúde, que deveria estar atento e informado. Estamos sem ministro da Saúde. Essa instituição silenciosa deu margem para se especular que há pressão ou atividade política por parte da Anvisa. Isso foi potencializado quando o presidente da República comemorou, de maneira absurda, a morte de um paciente e a interrupção dos testes”, afirmou Mandetta.

A causa da morte do voluntário foi um suicídio, segundo o registro de ocorrência na polícia, e não teve relação com a vacina. O Instituto Butantan, que desenvolve o imunizante no Brasil, informou que enviou todo o detalhamento à Anvisa, mas a diretoria da agência declarou que não tinha recebido os documentos na íntegra.

“A Anvisa alegou que não recebeu a informação completa do Instituto Butantan, que teve uma falha técnica no computador. Isso demonstra que há um distanciamento da Anvisa em relação às pesquisas em andamento. Um episódio semelhante aconteceu quando um voluntário que tomou placebo morreu no Rio de janeiro. A ausência da Anvisa em se posicionar rapidamente criou uma apreensão na sociedade. Nós precisamos ter credibilidade nas instituições. A Anvisa não pode se colocar como suspeita. Ela tem vários mecanismos para acompanhar essas pesquisas e deveria estar com seus técnicos dentro do Butantan. Estamos em uma situação de emergência e a Anvisa não pode trabalhar de forma burocratizada”, disse o ex-ministro.

Mandetta também criticou a guerra política travada entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “É uma politização burra, no mínimo. Os dois deveriam pensar em como ampliar a produção da vacina. Estão falando em 40 milhões de doses. Se forem necessárias duas doses do imunizante, você conseguirá vacinar só 20 milhões de pessoas. Isso não representa 10% da população brasileira. Imagine o tamanho do desafio nacional? Eles deveriam estar somando esforços, porque o inimigo é a doença, mas só olham para os interesses mais imediatos e políticos. Isso é terrivelmente errado”, declarou.

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