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Fundador da Anvisa: faltou comunicação ao paralisar testes da Coronavac

O sanitarista Gonzalo Vecina Neto diz que a agência agiu corretamente ao suspender os testes da vacina e fez críticas às posturas de Bolsonaro e João Doria

Por Edoardo Ghirotto
Atualizado em 12 nov 2020, 09h51 - Publicado em 10 nov 2020, 19h27

Fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o sanitarista Gonzalo Vecina Neto disse que a suspensão dos testes da vacina Coronavac foi uma decisão acertada da diretoria da agência. A paralisação foi anunciada após a confirmação da morte de um dos voluntários do programa de testagem do imunizante contra a Covid-19. A causa do óbito foi um suicídio, segundo registro de ocorrência na polícia, e não tem relação com a vacina, mas os investigadores aguardam o laudo toxicológico para determinar como o voluntário morreu.

“A vacina é um remédio que se aplica em gente sadia e para fazer o bem. Os testes precisam ser paralisados se qualquer coisa acontecer durante o processo”, declarou Vecina Neto. “O Instituto Médico Legal (IML) foi chamado para apurar as circunstâncias da morte e o tempo de investigação deles é diferente. Eles não estão preocupados com a vacina, mas em saber como a vítima morreu e se ela foi alvo de violência. Nem o resultado do exame toxicológico saiu ainda.”

O sanitarista criticou a politização em torno da vacina e a forma como as autoridades lidaram com o caso. Ele diz que faltou diálogo entre a Anvisa e o Instituto Butantan, que está desenvolvendo o imunizante no Brasil, para informar a população melhor sobre o caso. “Se o toxicológico não estava pronto, o Butantan só enviou a documentação parcial à Anvisa. Se houvesse diálogo entre as partes, os documentos até poderiam ser aceitos, mas o que se viu de manhã foi uma entrevista sanguinária do Dimas Covas, diretor do instituto”, afirmou.

Também sobraram críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “Além disso, temos um presidente que ignora mais de 160 mil mortes, que ignora a morte desse paciente e que brinca com a saúde pública brasileira. Temos um governador que quer ocupar o Palácio do Planalto e fica brigando com o presidente”, disse o sanitarista. “A politização da vacina é um desastre para a sociedade brasileira e para a saúde do povo brasileiro. O presidente não respeita o sofrimento das pessoas. Ele extrapolou tudo o que poderia ter extrapolado hoje. É um desprezo pelo Brasil.”

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