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Por Paulo Cezar Caju
O papo reto do craque que joga contra o lugar-comum
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A imprensa é manipuladora e tendenciosa com seus queridinhos

Basta comparar o tratamento que dão a Felipão, do Grêmio, e a Roger Machado, do Fluminense. O técnico tricolor parece ser um qualquer, mas não é

Por Paulo Cezar Caju Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 jul 2021, 16h24

Minha relação com a imprensa sempre foi de ruim para péssima e sei o quanto isso pode afetar na carreira. Nota-se pelos convidados dos programas esportivos, quase sempre os mesmos. Ah, também tem as avaliações das atuações dos jogadores nos jornais do dia seguinte. Os jornalistas pegam leve nos que apreciam fora das quatro linhas e sentam a mamona nos que tem simpatia ou não fazem parte do seu círculo de amizade. Sempre funcionou assim e sempre me irritou.

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Da mesma forma acontece com os clubes, aqueles que a imprensa passa a mão na cabeça, na saúde, na doença, até que a morte os separe. A imprensa é manipuladora e tendenciosa. Se o treinador perde dois jogos o narrador, e nem falo do comentarista, já diz que ele está na corda bamba. Isso é de uma escancarada falta de profissionalismo. Basta comparar o tratamento que dão, por exemplo, ao Felipão e ao Roger.

Por onde passa o técnico do Fluminense imprime um estilo leve, bacana, de jogar bola, mas a imprensa o trata como mais um treinador. No par ou ímpar escolho fácil o Roger porque não é adepto do futebol covarde do Felipão. Mas Felipão é queridinho, assim como Vagner Mancini e Muricy. Se fosse Raí o gerente de futebol do São Paulo já estaria apanhando sem dó, nem piedade, mas com Muricy a imprensa alivia.

Sinceramente, muito sinceramente, não gosto de queridinhos. Daniel Alves é outro exemplo. Na Europa, sempre foi lateral, mas aqui acha que é meio-campo, armador, apresentar ao mundo nossos novos valores. Na minha opinião, Olimpíada serve para escalar a garotada, fazê-la ganhar experiência. Algum lateral direito perdeu a chance de ser titular em um evento tão grandioso. Bato na tecla da renovação porque ela é necessária.

Há tempos vendo dizendo que está chegando a hora de um time do Nordeste ser campeão, mas a imprensa também não levanta a bola deles. Hoje, o argentino Juan Pablo Vojvoda, técnico do Fortaleza, é o melhor estrangeiro em atividade no Brasil, mas a imprensa deve achar cedo para exaltá-lo. Se perder duas seguidas, o locutor já anunciará o seu destino e, se derem bobeira, ela dá o nome de seu indicado.

Agora, chega ao Rio mais um queridinho da imprensa, Lisca Doido. Sou do tempo em que o futebol era recheado de figuras folclóricas e eu adorava todas elas porque futebol é alegria. Mas pensando bem talvez o Lisca Doido esteja certo porque nosso futebol está de cabeça para baixo, coisa de doido, precisando de uma pitada de doideira.

Quer saber, acho que vou convidar o Lisca para um café comigo e meu parceiro César Maluco, artilheiro dos bons tempos, acho que vai dar samba, ah, eu tô maluco, ah eu tô maluco! E viva o futebol, viva Raul Seixas! Como a galera gosta, anotei mais umas pérolas que ouvi no fim de semana: “O time está fazendo ligação direta, tentando penetrar a zona colada da defesa adversária quebrando a bola”.

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