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Deu a louca na ONU: apoio declarado a antifas americanos

Organização apronta mais uma e põe até bandeira do movimento anarquista para manifestar ‘profunda preocupação’ com Estados Unidos

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 22 jun 2020, 08h46 - Publicado em 22 jun 2020, 08h22

Não dá para esperar muito de um organismo de direitos humanos que já condenou Israel 45 vezes e que tem, atualmente, a Venezuela entre seus integrantes.

Com todos os seus defeitos e o escandaloso viés anti-israelense, decorrentes da própria estrutura da ONU, o Conselho de Direitos Humanos tem uma atuação importante nem que seja apenas para oficializar casos pavorosos de abusos cometidos por regimes brutais.

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Isso quando não comete absurdos como “manifestar profunda preocupação” com a atitude do ministro da Justiça dos Estados Unidos, William Barr, ao “descrever o Antifa e outros ativistas antifascistas como terroristas internos”.

“Isso solapa os direitos à liberdade de expressão e à reunião pacífica no país”.

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A “preocupação”, em todos os seus absurdos, foi captada por outro organismo da tentacular burocracia, o Escritório da ONU em Genebra (UNOG), e divulgada num post ilustrado por nada menos que as duas bandeiras, a preta e a vermelha, usadas pelos antifas.

O post foi deletado depois que o tamanho da asneira foi identificado: nada menos que um órgão da ONU defendendo e divulgando o grupo especializado em badernas de rua que se aproveitou das recentes manifestações de repúdio ao racismo para ampliar sua tática de confronto e violência.

Os jovens vestidos de preto são presença garantida em protestos que obrigatoriamente derivam para o quebra-quebra em países europeus e até no Brasil.

Na erupção de revolta que se seguiu à morte filmada de George Floyd por um policial branco, apareceram em todas as grandes manifestações, onde são sempre os primeiros a jogar pedras e tocar fogo, nos dois sentidos da expressão.

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A violência anarquista muitas vezes foi o sinal para os “aproveitadores de ocasião”, os que veem uma situação descontrolada e aproveitam para saquear.

A sequência de absurdos praticados sob o guarda-chuva da ONU começa pela crença ingênua – ou deliberadamente tola? – de que os baderneiros de dupla bandeira, a do comunismo e do anarquismo, são o que dizem ser: militantes antifascistas.

O Conselho de Direitos Humanos entrou em ação a partir de um pedido do irmão do morto, Philonise Floyd, para investigar o racismo e a brutalidade policial.

Muito dificilmente a ideia terá sido dele, mas o luto familiar tem sua própria dinâmica.

Os quinze membros do Conselho, inclusive Brasil e Venezuela, aprovaram a investigação por unanimidade.

O secretário de Estado americano, Michael Pompeo, disse que o Conselho virou “um porto seguro para ditadores e as democracias que cedem a seus caprichos”.

Os Estados Unidos saíram do Conselho em 2018, seguindo a política de Donald Trump de não aceitar com magnanimidade as mordidas disfarçadas ou abertas de um organismo que, na época, tinha entre seus integrantes Cuba, Venezuela, Sudão, Líbia e Arábia Saudita.

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Como todas as superburocracias, a ONU tem dois braços que se ocupam dos Direitos Humanos, o Comitê e o Conselho. Tem ainda o Alto Comissariado para Direitos Humanos, ocupado pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet.

A capacidade de ação desses organismos é mais moral do que efetiva, mas o valor simbólico não deve ser subestimado.

Não precisa nem ter muita imaginação para antecipar o que faria a Venezuela, por exemplo, com uma admoestação aos Estados Unidos.

Quando os antifas americanos estavam na linha de frente dos protestos – depois recuaram, para dar o protagonismo ao Black Lives Matter porque estava pegando mal a preponderância dos branquinhos de classe média – o ministro da Justiça realmente falou em “terrorismo doméstico”.

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Mas a coisa parou por aí. Os Estados Unidos têm mecanismos para impedir abusos, inclusive, ou principalmente, das autoridades.

Os antifas são adeptos de táticas violentas limitadas por seus recursos (pedras, coquetéis molotov, barros da ferro) e da derrubada do regime – qualquer regime –, mas obviamente não são uma organização terrorista.

Não sequestram aviões, não explodem carros-bomba e não fazem atentados suicidas.

A maior ironia de todas é que, com suas raízes no anarquismo do começo do século XX, tenham aparecido com destaque num post da mãe de todas as burocracias internacionais, a ONU.

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Antifa que é antifa deveria ficar ofendido com isso.

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