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A polícia americana mata mais negros do que brancos?

A resposta já era conhecida, mas estudo feito por um professor de economia de Harvard mostra a diferença entre fato e percepção

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 3 jun 2020, 12h24 - Publicado em 2 jun 2020, 05h25

Donald Trump se apossou do título de “presidente da lei e da ordem” e os protestos violentos continuaram (os pacíficos também, mas foram engolidos).

Só um exemplo, entre tantos, pelo simbolismo: a Macy’s de Nova York, que já estava à beira da falência, foi saqueada.

Mais explosivamente, quatro policiais foram baleados  em St. Louis, Missouri.

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No meio de cenas de caos que engolfam os Estados Unidos, um artigo publicado na revista da Cornell University e, depois, reportagem do New York Times, mostraram um estudo que valeu a seu autor “a maior surpresa da minha vida”.

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Roland Freyer, de Harvard, escrutinou mais de mil casos em que a polícia de 10 cidades em três estados – Texas, Flórida e Califórnia – usou armas de fogo contra suspeitos.

Embora sejam alvo de tratamento mais duro – empurrar, algemar, apontar arma -, os suspeitos negros têm até uma ligeira vantagem sobre os brancos quando o uso de arma de fogo é envolvido.

Foram vasculhados os detalhes de 1.332 casos de uso de arma entre os anos de 2000 e 2016. 

“Havia maior probabilidade de que o policial disparasse sua arma sem ter sido atacado quando os suspeitos eram brancos”, registrou o Times.

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“Brancos e negros envolvidos em tiroteios da polícia tinham probabilidade idêntica de estar armados”.

“Os dois resultados eliminam a ideia de preconceito racial quando a polícia faz uso letal da força”.

Detalhe: Roland Freyer é negro e pensava em usar seu conhecimento, especialmente no estudo de grandes quantidades de dados, para apoiar movimentos contra o racismo.

Teve a honra de não manipular as informações para que se encaixassem em suas ideias pré-concebidas. Isso se chama ciência.

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Mas resta uma dúvida: por que o uso de força letal é menor contra negros, contrariando todas as percepções?

Aí entramos no terreno da especulação. Mas certamente todas os policiais americanos sabem que o envolvimento em casos como o de George Floyd tem um custo altíssimo.

O agora ex-policial que meteu o joelho em seu pescoço, Derek Chauvin, está numa prisão de segurança máxima, sob alerta de suicídio. 

Como, evidentemente, será condenado, pode contar em passar muitos anos em situação semelhante, isolado dos demais presos.

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Manifestantes descobriram seu endereço e cercaram sua casa, colocada sob proteção policial.

Sua mulher pediu o divórcio. Ela é Kellie Chauvin, refugiada que saiu criança do Laos. Pertence ao grupo étnico Hmong, um povo tribal do Sudeste Asiático.

Em 2019, pouco mais de 1.000 pessoas foram mortas pela polícia nos Estados Unidos (para comparação, só no Rio de Janeiro, foram mais de 1.500).

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A organização chamada Mapeando a Violência Policial diz que 24% eram negros, o que indica um viés, considerando que a população negra abrange 16% dos americanos.

Qual estudo é mais preciso?

Os manifestantes nas ruas do país hoje não estão nem aí para dúvidas acadêmicas. Destruição, incêndios, saques, tudo em grandes proporções, continuam a dominar a América.

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