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Flávio Bolsonaro tem sempre uma assombração por perto

O senador ganhou tempo para respirar do inquérito sobre Queiroz com a indecisão do foro, mas enfrenta nova frente de tensão na investigação do MPF

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jul 2020, 15h52 - Publicado em 2 jul 2020, 14h50

O senador Flávio Bolsonaro mal ganhou fôlego com a pausa na investigação no Ministério Público Estadual, e viu nesta quinta, 2, uma nova frente na Justiça se agravar com o pedido de quebra de sigilos telefônicos e de e-emails de assessores, desta vez pelo Ministério Público Federal. Se concedida, ela exporá ligações e mensagens de auxiliares próximos do senador, como as do seu chefe de gabinete, Miguel Ângelo Braga Grillo. O caso apura o suposto vazamento, em meio às eleições de 2018, de uma operação da Polícia Federal que atingiria o ex-faz-tudo Fabrício Queiroz. E o pedido tem potencial para mais desgaste político ao clã, já que o policial militar aposentado trabalhou para Flávio e o pai, o presidente Jair Bolsonaro.

A tentativa da quebra de sigilo, que está na 10ª Vara Federal do Rio de Janeiro, acontece em consequência do depoimento do empresário Paulo Marinho. Após conceder entrevista à jornalista Mônica Bergamo, o ex-aliado dos Bolsonaro contou às autoridades que o parlamentar e três auxiliares confidenciaram que foram avisados por um delegado da PF sobre a Operação Furna da Onça, contra Queiroz e outros funcionários do gabinete do filho 01 quando ele era deputado estadual. 

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A informação privilegiada dada a Flávio Bolsonaro seria, na versão de Marinho, o motivo das demissões às pressas de Queiroz e de sua filha dos gabinetes da família, um arremedo para descolar a rachadinha da imagem de impiedosos com a corrupção construída em torno do clã presidencial nas eleições de 2018. 

Fato é que Flávio Bolsonaro havia ganhado tempo ao fechar temporariamente a porta do Ministério Público Estadual e do juiz Itabaiana na questão das rachadinhas e do próprio Queiroz, o ex-assessor que caiu em desgraça e está preso em Bangu. No entanto, vê agora a possibilidade de os novos funcionários de confiança virarem vidraça em mais um flanco de desgaste aberto na sua vitoriosa (ele chegou ao Senado antes dos 40 anos), mas conturbada carreira política.

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A discussão sobre o foro ideal do processo das rachadinhas só deve ter desdobramentos jurídicos e políticos em agosto, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) imporá, se seguir a jurisprudência da própria corte, mais uma derrota à família Bolsonaro. É que os dois casos que pedem a discussão do tema só deverão ser julgados após o recesso do judiciário. Mas, as decisões anteriores da Corte são inequivocamente contra a pretensão do filho 01 de ser julgado na segunda instância por ser deputado estadual na época dos fatos. Já a Justiça Federal do Rio de Janeiro não soube dizer, após ser questionada pela coluna, se o pedido de quebras de sigilo do MP Federal será decidido no plantão da Justiça. 

De qualquer forma, não desfaz a sensação de que quando a tensão por conta de um processo é reduzida, ainda que temporariamente, outra cresce e aperta os calos da família bolsonarista. Dá até para imaginar a reedição daquela frase do presidente – uma das que viralizaram e viraram meme – quando ele desabafou contra a imprensa: “mas é tempo todo infernizando a minha vida, p****!” Agora, contudo, a reclamação poderá mirar o judiciário.

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