Zema promete morar em casa e transformar palácio em ‘museu das mordomias’
Em São Paulo, tucano João Doria também não viverá no Palácio dos Bandeirantes e quer fazer com que 'palácio de inverno' seja centro cultural
Os governadores eleitos de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciaram nos últimos dias que adotarão, como primeiro ato de suas gestões, o fim das residências oficiais reservadas aos comandantes dos estados. Os dois, segundo vídeos divulgados nas redes sociais, vão morar nas próprias casas enquanto forem governadores.
No caso de Zema, a medida deve ser ainda mais radical. Ele pretende transformar o suntuoso Palácio das Mangabeiras no que chamou de “Museu das Mordomias”, segundo o futuro governador “para que todo mineiro veja como vive o imperador de Minas Gerais”.
Ele criticou a existência desse tipo de prerrogativa diante da crise financeira de Minas. “Um estado falido, que sequer tem dinheiro para estar pagando seus professores, militares e aposentados pontualmente”, diz, complementando que “a monarquia no Brasil já acabou há 130 anos e os nossos políticos continuam a viver como a nobreza”. Se não for possível transformá-lo em museu, Zema já cogitou concedê-lo a iniciativa privada.
Em São Paulo, por outro lado, isso não seria possível, já que a residência do governador e a sede administrativa do estado são no mesmo lugar. Em vídeo, Doria disse que não vai viver no Palácio dos Bandeirantes, que será “o palácio do trabalho”, mas também vai transformar um outro palacete em equipamento cultural. O Palácio Boa Vista, residência de inverno em Campos do Jordão (SP), será, segundo diz o governador eleito, “um centro cultural e gastronômico, para ajudar o turismo” local.