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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Menções a Bolsonaro batem recorde no Twitter após ameaça a repórter

Apesar da marca expressiva, protesto virtual se concentrou em perfis que se identificam politicamente com a esquerda ou que já eram críticos ao presidente

Por Redação
Atualizado em 24 ago 2020, 18h09 - Publicado em 24 ago 2020, 18h05

A ação virtual em massa questionando Jair Bolsonaro sobre os depósitos feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, provocou um recorde de menções ao nome do presidente na rede social Twitter. O protesto ocorreu após Bolsonaro ameaçar de agressão um repórter do jornal O Globo que lhe dirigiu uma pergunta sobre o tema no domingo, 23: “Presidente, por que sua esposa, Michelle, recebeu 89 mil reais de Fabricio Queiroz e esposa?”. Um grande número de usuários passou, então, a postar ou retuitar mensagens repetindo a pergunta do jornalista.

Segundo um mapeamento da Bites Consultoria, o perfil de Bolsonaro no Twitter foi marcado 924 mil vezes durante o domingo. É um recorde no período de 12 meses analisado pela empresa, mas não foi uma ação capaz de “furar a bolha” do eleitorado bolsonarista. Aproximadamente 43% das postagens foram concentradas a partir de retuítes dados em 100 perfis que usaram o texto “Presidente @jairbolsonaro, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz”. A análise desses 100 perfis mostra que todos eles pertencem a pessoas politicamente identificadas com a esquerda ou a personalidades que já adotavam um posicionamento crítico ao presidente. Neste grupo estão artistas, jornalistas e políticos de oposição. O recordista de retuítes foi o youtuber Felipe Neto, cuja postagem foi republicada mais de 18 mil vezes na rede social.

Anteriormente, o pico de menções ao perfil de Bolsonaro era de 830 mil vezes e havia ocorrido no dia 24 de abril, quando o ex-ministro da Justiça Sergio Moro anunciou que deixaria o governo porque o presidente tentava interferir na Polícia Federal. Outro episódio que mobilizou o Twitter de forma semelhante aconteceu em 25 de março, dia seguinte ao discurso em que Bolsonaro chamou a Covid-19 de “gripezinha”. Naquela ocasião, seu perfil foi mencionado 767 mil vez.

Os depósitos na conta de Michelle Bolsonaro foram revelados a partir da quebra dos sigilos bancário e fiscal de Queiroz e de sua mulher, Márcia Aguiar, ambos acusados de participar de um esquema de desvio de dinheiro público, conhecido como “rachadinha”, que supostamente era comandado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Investigadores descobriram que, entre 2011 e 2016, Queiroz depositou 21 cheques para Michelle, totalizando 72 mil reais. Já Márcia repassou cinco cheques à primeira-dama, com valor total de 17 mil reais.

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Bolsonaro, que praticamente extinguiu o contato com a imprensa desde a prisão de Queiroz, disse que tinha vontade de dar “porrada” no repórter que o questionou sobre as revelações. Nesta segunda-feira, 24, o presidente publicou um vídeo falso e com a legenda adulterada para fingir que foi provocado pelo jornalista antes de ameaçá-lo, o que não ocorreu.

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Em nota, o jornal O Globo disse repudiar “a agressão do presidente Jair Bolsonaro a um repórter que apenas exercia sua função, de forma totalmente profissional, neste domingo”. “Tal intimidação mostra que Jair Bolsonaro desconsidera o dever de qualquer servidor público, não importa o cargo, de prestar contas à população”, afirma o comunicado.

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