Em geral, quem cria um perfil na rede de relacionamento profissional LinkedIn quer fazer novos contatos (profissionais, é claro), impressionar o chefe ou arranjar um novo emprego. O desenvolvedor americano Max Fisher, de 28 anos, acrescentou um objetivo: encontrar um novo amor. “Muitas pessoas têm essa ideia em mente. Eu mesmo já consegui um encontro por meio do LinkedIn”, diz o CEO do LinkedUp, em entrevista ao site de VEJA.
Leia também:
As lições de Obama e outras personalidades no LinkedIn
Lançado em fevereiro, o app funciona apenas no iPhone. Ao instalar o programa, o usuário deve informar seus dados de acesso ao LinkedIn para que as contas sejam integradas. Um perfil é criado com base nas informações divulgadas na rede social e o usuário pode adicionar mais fotos, além da imagem profissional do perfil e um texto descritivo para revelar características pessoais e interesses.
Com o perfil completo, é hora de definir o tipo de candidato para um encontro. O app permite escolher uma faixa de idade, assim como um raio de distância para possíveis interessados. A exemplo do que ocorre no Tinder, app popular de encontros amorosos, o usuário pode ver os potenciais candidatos, indicando os de seu interesse. Se o interesse for recíproco, o app sugere que os dois iniciem uma conversa e marquem um encontro.
De acordo com Fisher, o LinkedUp não publica nenhuma informação sobre a atividade do usuário em seu perfil do LinkedIn. Além disso, somente usuários que instalam o app e criam um perfil no LinkedUp são mostrados na lista de possíveis candidatos a um romance – usuários que não querem participar da brincadeira não precisam se preocupar em ver seu perfil disponível no app sem consentimento.
O LinkedIn não exibe informações sobre a vida pessoal dos usuários. Para Fisher, isso não é problema. Ele defende que as informações profissionais são mais relevantes na escolha de parceiros. “Entre as perguntas que as pessoas geralmente fazem no primeiro encontro, estão aquelas relativas a profissão, formação acadêmica e outras afins. Tudo isso está no LinkedIn”, diz o CEO do LinkedUp.
O executivo não revela quantos usuários a rede social já conseguiu desde que estreou na App Store. Entre os países com maior número de pessoas cadastradas estão Estados Unidos, Brasil, Austrália e Grã-Bretanha. “Há uma grande atividade de brasileiros no aplicativo. O número de pessoas que instalaram o app dobrou no último mês”, diz Fisher, que não revela a estratégia para ganhar dinheiro com o serviço de “dating” em ambiente profissional.