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Para salvar o planeta, é preciso mais ciência e menos blábláblá

A 15ª Reunião das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15) tinha uma missão difícil. Fazer com que representantes de 192 países e sessenta comitivas de chefes de estado chegassem a um acordo mundial para a redução de gases de efeito estufa na atmosfera era um desafio e tanto, mesmo na visão dos mais otimistas. Ainda […]

Por Da Redação
18 dez 2009, 21h03
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  • A 15ª Reunião das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15) tinha uma missão difícil. Fazer com que representantes de 192 países e sessenta comitivas de chefes de estado chegassem a um acordo mundial para a redução de gases de efeito estufa na atmosfera era um desafio e tanto, mesmo na visão dos mais otimistas. Ainda assim, foi surpreendente o que se passou em Copenhague na sexta-feira. Esperava-se que, depois de uma reunião de emergência que começou na noite de quinta-feira e só terminou no dia seguinte, as respeitáveis autoridades conseguissem pelo menos manter as aparências. No entanto, presidentes, primeiros-ministros e reis foram embora da Dinamarca sem um acordo. Deixaram para seus negociadores a tentativa de salvar algum compromisso minimamente palatável. As preocupações legítimas com o fenômeno climático transmutaram a reunião da ONU num espetáculo pouco útil aos interesses do planeta, mas ao gosto da indústria de ONGs e empresas que se beneficiam da paranoia em torno do assunto. Mas atropelos e desencontros da reunião de Copenhague não significam que o mundo está irremediavelmente fadado ao cataclismo. O mundo não vai acabar desta vez. O que acabou foi a COP15, uma das reuniões de um processo de negociação que já se desenrola há 17 anos. Tudo o que não ficou decidido ali, estará em discussão novamente em 2010, na COP16, que acontecerá em dezembro, no México. De qualquer modo, foi um fim melancólico.

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    Para que a conferência fosse bem sucedida, seria necessário ter passado a limpo cinco itens de sua agenda. Até o encerramento desta edição de VEJA, na sexta-feira à noite, ainda havia muitas dúvidas. O único acordo claro deu-se em torno do que já se sabe à exaustão: é preciso limitar o aumento da temperatura global e esse limite é de 2 graus. Mas tudo o que precisa ser feito para que isso aconteça ficou para depois.

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    – A segunda questão-chave para o sucesso da reunião era trazer os Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases CO2 do mundo (foi ultrapassado pela China), para dentro do acordo que impõe metas rígidas e de médio prazo aos países. Os EUA, que não assinaram o protocolo de Kioto, seguiram sem ceder nesse ponto.

    – Outra esperança da reunião era de que países emergentes, como China, Índia e Brasil, também fossem obrigados a reduzir suas emissões, já que em Kioto não lhes foi imposta nenhuma meta. A maior dificuldade nesse caso foi a recusa dos emergentes, principalmente a China, em permitir que outros países fiscalizassem suas ações.

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    – Também se tentava fazer com que os países desenvolvidos que aderiram ao protocolo de Kioto continuassem comprometidos com a redução das emissões, e as ampliassem. Isso para fazer frente às novas descobertas da ciência, segundo as quais, na metade deste século, o mundo não poderá estar arremessando na atmosfera mais do que 60% dos gases de efeito estufa que emitia em 1990. Tampouco se decidiu algo de concreto neste ponto.

    O maior avanço deu-se no aspecto financeiro. Foi decidida a criação de um fundo de 100 bilhões de dólares por ano, a serem investidos até 2020 em ações para que os países que estão condenados a sofrer os trágicos efeitos do aquecimento possam se adaptar. É uma quantia suficiente pelo menos para começar o trabalho.

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    Leia a reportagem completa em VEJA desta semana.

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