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Nos Estados Unidos, Google processa falso vendedor de cachorrinhos

Ação inédita visa criar precedentes legais para esse tipo de crime e proteger vítimas mais vulneráveis

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 abr 2022, 10h10 - Publicado em 12 abr 2022, 18h59

Quem resiste à imagem de um filhote de bassê, com olhar de pedinte e as grandes orelhas espalhadas ao redor da cabeça? Quase ninguém, especialmente durante o ápice da pandemia, período no qual a demanda por animais de estimação aumentou muito. Foi apostando nisso que o camaronês Nche Noel Ntse criou um esquema de venda online dos bichinhos, usando uma variedade de serviços do Google, incluindo contas do Gmail, números do Google Voice e anúncios. O problema é que Ntse não entregava as fofuras que prometia a preços que giravam em torno de 700 dólares. E a empresa de tecnologia, numa movimentação inédita, entrou com um processo contra o suposto fraudador, nos Estados Unidos.

De acordo com o Google Search Trends, as pesquisas com a expressão “adote um cachorro” aumentaram no início da pandemia, pois as pessoas passaram mais tempo em casa. Até o final de 2020, 70% dos americanos diziam possuir um animal de estimação. No ano passado, os consumidores perderam mais de 5,8 bilhões de dólares em fraudes, um aumento de mais de 70% em relação a 2020, segundo dados da agência Federal Trade Commission. Segundo a Better Business Bureau, uma espécie de Reclame Aqui americana, fraudes envolvendo animais de estimação representam 35% de todos os golpes de compras online relatados. De acordo com a organização, esse golpe específico visava as pessoas mais vulneráveis, como idosos, que são enganados em cerca de US$ 650 milhões por ano.

Dois filhotes de bassê em uma cesta
Dois filhotes de bassê em uma cesta: animais como estes eram anunciados em sites, mas não chegavam aos compradores (Arterra/Universal Images Group/Getty Images)

Em um artigo para o blog da Google, Albert Shin, do grupo de investigações de crimes virtuais da empresa, e o advogado Michael Trinh argumentam que aumentar a conscientização pública pode ajudar as pessoas a evitar se tornarem vítimas. Em casos como esse, dizem eles, as ações judiciais são importantes para estabelecer um precedente legal, interrompendo as ações dos golpistas e aumentando as consequências para eles. “É por isso que, em dezembro passado, usamos nossos recursos para entrar com uma ação judicial para combater atividades ilegais no setor de botnets e usamos ações legais para defender pequenas empresas de golpistas disfarçados de Google”, escreveram. “Com essas ações, estabelecemos um precedente legal para ajudar a impedir ameaças cibernéticas e golpes semelhantes.”

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