O Facebook anunciou nesta quarta-feira, durante conferência em San Francisco, nos Estados Unidos, que permitirá que usuários publiquem vídeos em 360 graus em seus perfis a partir das próximas semanas. O recurso dará aos espectadores uma visão panorâmica da cena e chega menos de uma semana depois que o YouTube lançou recurso semelhante (confira o vídeo abaixo).
O objetivo, segundo o CEO Mark Zuckerberg, é tornar os conteúdos do site cada vez mais imersivos. “Buscamos sempre tornar a experiência do usuário mais rica”, afirmou, em apresentação transmitida ao vivo pela internet.
Durante o evento, Zuckerberg ressaltou que a medida é uma preparação para os recursos de realidade virtual que a empresa adotará nos próximos anos. A expectativa, disse o CEO, é que as pessoas comecem a usar os óculos de realidade virtual para ver e interagir com os vídeos e jogos colocados na rede social em um “futuro não muito distante”.
A companhia de Zuckerberg é uma das muitas interessadas na popularização da realidade virtual. Em 2013, o Facebook adquiriu a Oculus, companhia responsável por desenvolver óculos de realidade virtual. A operação foi avaliada em US$ 2 bilhões. Neste ano, durante a Mobile World Congress, os primeiros modelos de óculos voltados ao grande mercado foram anunciados por HTC e Sony. O Google também já anunciou que prepara equipamento próprio com a plataforma Android.
No mesmo evento, em um anúncio rápido e aparentemente despretensioso, a diretora de plataforma do Facebook, Deborah Liu, afirmou que a partir dos próximos dias os usuários poderão embedar vídeos originalmente publicados na rede social em outros sites. Na prática, os vídeos públicos postados no Facebook poderão se espalhar pela internet a partir da plataforma – basta, para isso, colocar em outros sites um código de programação fornecido pela rede, como faz hoje o YouTube.
Em janeiro, o site de Zuckerberg anunciou que o Facebook já contabiliza três bilhões de visualizações de vídeos em seus domínios todos os dias. O YouTube, por sua vez, afirma apenas que mede “bilhões de visualizações diárias”, sem especificar o número exato. Tudo indica que a briga será de gigantes daqui para frente.
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