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Facebook: livre para definir uso de dados do usuário

Votação encerrada nesta segunda atrai menos cadastrados que o necessário para limitar poder da empresa, que poderá cruzar dados com Instagram

Por Rafael Sbarai
10 dez 2012, 17h23

Terminou nesta segunda-feira, às 18 horas (no horário de Brasília), a votação com o maior número de potenciais eleitores do planeta. Por sete dias, o Facebook manteve no ar uma consulta pública virtual para definir de que forma o serviço usará as informações dos mais de 1 bilhão de cadastrados. Foi, contudo, a falta de quórum do maior interessado, o usuário da rede social, o fator decisivo: para ser válida, a consulta precisava contar com a participação de mais de 300 milhões de votos. Pouco mais de 660.000 pessoas participaram. Graças ao resultado, o Facebook terá uma margem maior para definir a política de uso de dados do usuário.

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O que a rede pretende fazer com os dados já está claro: foi definido em dois documentos colocados à disposição do público entre os dias 21 e 28 de novembro. Em resumo, eles permitem o cruzamento de dados de um mesmo usuário provenientes de seus perfis no Facebook e no Instagram, adquirido neste ano pela rede social (o mesmo vale para os demais serviços integrados pela empresa desde sua fundação, em 2004). Além disso, será sepultada o modelo de votação que podia decidir se uma proposta da rede social seria adotada ou não. Em seu lugar, restará apenas um sistema de comentários, ainda não totalmente detalhado pela companhia.

De acordo com o Facebook, o modelo de votação, introduzido em 2009, não funcionou – daí, seu fim. De fato, a última consulta do tipo, realizada em junho, atraiu pouco mais de 340.000 usuários – 0,038% da base de usuários da rede à época, ou quase nada. A Electronic Privacy Information Center (Epic), organização sem fins lucrativos cuja missão é proteger os direitos de privacidade dos usuários na internet, enviou uma carta endereçada ao CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, exigindo o retorno das consultas aos usuários. A pressão funcionou.

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Dias após as críticas relativas às mudanças, a companhia atendeu ao pedido e, com o objetivo de validar as sugestões propostas, abriu nova consulta pública. Os usuários deveriam optar por uma das duas políticas de uso de dados: a atual ou a proposta pelo Facebook. Segundo a companhia, um e-mail foi endereçado a todos os usuários pedindo participação na consulta pública encerrada nesta segunda-feira.

Entre os 668.872 votos, 88% se opuseram às mudanças sugeridas pela rede social. O montante representa apenas 0,066% da atual base de usuários, bem abaixo dos 30% necessários para que o resultado seja vinculante. Assim, o Facebook comemora: consegue realizar a mesma estratégia de seu maior rival, o Google – que, em janeiro, unificou os termos de uso de mais de 60 produtos da companhia, oferecendo um único conjunto de regras. Isso dá às empresas nova oportunidade de potencializar a receita obtida com anúncios.

Confira a página dedicada à votação:

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