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Facebook atinge marca de 1 bilhão de usuários

Uma em cada sete pessoas do planeta tem um perfil no serviço que Mark Zuckerberg criou aos 19 anos. Desafio é manter rede ativa e rentável

Por Rafael Sbarai
4 out 2012, 08h01

O Facebook cravou (mais uma vez) seu nome na curta história da internet. Criado com o intuito de colocar em contato estudantes de Harvard a partir de suas afinidades, a rede anunciou nesta quinta-feira que já reúne uma comunidade de 1 bilhão de usuários – algo sem precedentes. “Obrigado por conceder a mim e à minha equipe o prazer de servi-los”, disse Mark Zuckerberg, criador e CEO da rede, em comunicado dirigido aos usuários do serviço. “Ajudar a conectar 1 bilhão de pessoas é incrível, uma lição de humildade e de longe a coisa da qual mais me orgulho na vida.” O site é pródigo em produzir números impressionantes. Um exemplo? Uma em cada sete pessoas da Terra acessa o serviço. Outro: por dia, são registrados 3,2 bilhões de “likes” e comentários. Mais um: 300 milhões de fotos são publicadas diariamente na rede: isso equivale a 21.000 vezes o tamanho do arquivo de imagens da Biblioteca do Congresso Americano, que possui o maior acervo desse tipo no mundo (não se discute aqui a qualidade dos arquivos…). Apoiando-se no ombro dos grandes serviços que vieram antes dele, o Facebook foi mais longe do que qualquer um deles e tem pela frente um desafio do seu tamanho: manter sua rede ativa e rentável.

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Qual é a importância do Facebook na sua vida?

O Facebook, é claro, não brotou no deserto. Até atingir o posto de maior repositório de informações pessoais do mundo, cooperaram a popularização da internet de alta velocidade e a disseminação dos dispositivos móveis com acesso à web. Ajudaram especialmente experiências “sociais” anteriores da internet, das quais o gênio do jovem Mark Zuckerberg, que tinha 19 anos à época da criação do serviço, tirou o melhor proveito, potencializando o conhecimento acumulado.

Os serviços que explodiram antes do Facebook fizeram o grande serviço de “educar” milhões de usuários no uso de plataformas digitais baseadas no relacionamento e compartilhamento de conteúdo. Zuckerberg avançou muito mais ao imprimir um ritmo permanente de atualizações à rede. Nesse sentido, contrasta com o MySpace, uma espécie de antecessor do Facebook. Em 2009, o MySpace era o gigante do setor, com mais de 280 milhões de usuários. Rapidamente, perdeu força. A razão: menosprezou a necessidade de aperfeiçoamento constante, tão cara aos jovens usuários que trocam de site com a facilidade de um toque no teclado (agora, na tela). Continue a ler a reportagem

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Outro saber incorporado por Zuckerberg foram os mecanismos de troca de mensagens entre usuários, principal motor do Friendster. Criado em 2002, o serviço apresentava a melhor opção de relacionamento virtual (para quem buscava negócios ou um amor) e chegou a reunir 115 milhões de usuários. No auge, seus proprietários rejeitaram uma oferta de 30 milhões de dólares feita pelo Google. Acabou atropelado pelo sucesso do MySpace, sobrepujado, por sua vez, pelo Facebook, que incorporou o mecanismo.

O passado das redes sociais também realça que o futuro do Facebook é de desafios. E eles não são pequenos. Em nações emergentes, a rede social cresce a passos largos. Nos últimos seis meses, o número de cadastrados na Índia, México e Tailândia aumentou 20%, o que coloca as populações dessas nações na lista das 15 maiores da plataforma. No Brasil, a rede encontrou certa resistência para destronar outro gigante, o Orkut, só assumiu o posto de rede social mais popular do país em dezembro de 2011. Hoje, 54 milhões de brasileiros possuem uma conta no Facebook, atrás apenas dos Estados Unidos (164 milhões) em número de cadastrados.

Apesar desses relativos sucessos, o serviço percebe arrefecimento em alguns mercados. Países como Estados Unidos, Espanha, Itália e Alemanha exibem evolução inferior a 5% na base de cadastrados. Outras, como Canadá e Grã-Bretanha, registram até decréscimo. A explicação é simples: o Facebook já atingiu seu ápice em mercados “maduros”, onde sua operação é mais antiga, e avança rapidamente apenas nos nichos em evolução. A situação não pode ser ignorada: estima-se que a maior parte do faturamento do serviço venha dos mercados “maduros” – e a expectativa de lucro por parte dos investidores é crescente. Continue a ler a reportagem

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Outro desafio à rede e a Zuckerberg é a migração (não apenas da rede, mas de toda a internet) para os dispositivos móveis. Atualmente, pouco mais da metade do 1 bilhão de cadastrados já acessa o serviço a partir de um smartphone ou tablet. Mais de 100 milhões de pessoas visitam a rede usando exclusivamente smartphones. A mudança acelerada, ao que tudo indica, supreendeu em certa medida o Facebook. Isso porque a companhia não estava pronta para exibir nos dispositivos móveis os anúncios apresentados nos desktops – e consequentemente amealhar a mesma receita.

Isso ficou evidente na abertura de capital da empresa, em maio. Às voltas com informações sobre desaceleração no crescimento da receita, a empresa assistiu à uma desvalorização aguda no valor de seus papéis, que perderam mais da metade do valor. Na primeira declaração pública após o episódio, Mark Zuckerberg tentou animar investidores e usuários, apontando qual o destino do gigantesco serviço: adaptar-se aos pequenos dispositivos de mão.

Confira o vídeo desenvolvido pela empresa para celebrar o registro:

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