Ex-chefão do Android troca o Google por startup
Andy Rubin deixa divisão de robótica da companhia americana

O Google anunciou na noite da quinta-feira a saída de Andy Rubin, ex-chefe da divisão responsável pelo sistema operacional Android, que nos últimos meses ocupava o posto de diretor da divisão de robótica da companhia. Rubin vai abrir uma incubadora de startups dedicadas a produtos de hardware nos Estados Unidos, segundo o gigante das buscas informou em comunicado.
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“Eu gostaria de desejar ao Andy tudo de melhor com seu novo projeto. Com o Android, ele criou algo realmente notável – com mais de 1 bilhão de usuários felizes”, disse Larry Page, CEO do Google, em um comunicado. James Kuffner, cientista no Google e membro do grupo de robótica, vai substituir Rubin, acrescentou a companhia.
Rubin foi um dos primeiros executivos a cuidar do Android. Ele já liderava o projeto quando era apenas uma ideia, em 2003, e continuou à frente do sistema após a aquisição da startup que havia criado o sistema operacional pelo Google, em 2005. A plataforma de código-aberto foi lançada em 2007 para competir diretamente com o iPhone. Atualmente, o sistema é adotado pelos maiores fabricantes de celulares do mundo e utilizado por mais de 1 bilhão de pessoas.
No ano passado, Rubin deixou a liderança da divisão Android, quando o indiano Sundar Pichai, que cuidava da divisão do Chrome e aplicativos, passou a acumular o cargo. Desde então, o executivo se dedica à divisão de robótica do Google, que se formou a partir da aquisição de oito empresas do setor.
Além do novo projeto, um dos motivos para a saída de Rubin pode estar relacionado à reorganização da liderança de produtos do Google. Page, cofundador e CEO do Google, anunciou na semana passada que se afastaria da liderança dos principais produtos do Google – entre eles busca, mapas e redes sociais – para se dedicar à projetos de longo prazo. Pichai, que já era responsável pelo Chrome, Android e apps, assumiu a liderança de todos os principais produtos da empresa. Com a mudança, a maior parte dos executivos deixou de se reportar diretamente a Page.
(Com agência Reuters)









