Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Xô, azulzinha: cientistas criam material que trata disfunção erétil

Material simula uma bainha fibrosa do pênis necessária para manter as ereções e poderá ajudar até na criação de um órgão sexual biônico

Por Diego Alejandro
5 jan 2023, 19h11

Cientistas da University of Technology, situada em Guangzhou, na China, desenvolveram um apetrecho que pode ajudar homens com problemas sexuais: um tecido sintético que repara a função erétil normal do pênis. Testado em porcos com lesão peniana, o material poderá ajudar com defeitos na genitália masculina e até mesmo na criação de um órgão sexual biônico.

O estudo, publicado na revista Matter, sugere que a túnica albugínea artificial (ATA, da sigla em inglês), que imita uma bainha fibrosa necessária para manter as ereções, mostra-se promissora para reparar lesões penianas em humanos. Os pesquisadores testaram a toxicidade do tecido artificial e sua compatibilidade sanguínea em laboratório para que este pudesse permanecer no corpo por muito tempo.

“Previmos amplamente os problemas e resultados do processo de construção do ATA, mas ainda assim ficamos surpresos com os resultados dos experimentos com animais”, disse Xuetao Shi, pesquisador na universidade e autor do estudo. No caso, o pênis recuperou a ereção normal imediatamente após o uso do ATA, mesmo sem nenhuma restauração na microestrutura do tecido natural.

Alterações na função erétil costumam causar sofrimento por desencadear problemas emocionais e de relacionamento. No Brasil, de acordo com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a disfunção erétil atinge cerca de 45% dos homens.

Continua após a publicidade

Entretanto, Shi observou que, nas lesões penianas, a túnica albugínea geralmente não é o único tecido danificado. Os nervos circundantes e o corpo cavernoso (tecido esponjoso que percorre o eixo do pênis) também costumam ser danificados, tornando os reparos ainda mais desafiadores.

Mas, segundo o cientista, esse obstáculo está próximo de ser superado. “O próximo estágio será considerar o reparo do defeito peniano geral ou a construção de um pênis artificial de uma perspectiva holística”, afirma Shi.

O foco de pesquisa de sua equipe se voltou recentemente para a produção de biomateriais para abordar questões de saúde reprodutiva masculina, incluindo disfunção erétil, infertilidade e doença de Peyronie, um distúrbio do tecido conjuntivo que se acredita ocorrer como resultado de lesões causadas pelo sexo. Shi acrescenta que os pesquisadores também planejam investigar técnicas para reparar outros tecidos, incluindo o coração e a bexiga.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.