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Você não precisa de um sabonete agressivo para matar vírus, diz estudo

Estudo fornece informações sobre o papel desses produtos na prevenção da transmissão de infecções virais

Por Diego Alejandro
23 jun 2023, 14h47

Um estudo conduzido por especialistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, estabeleceu que produtos de limpeza e sabonetes suaves não são apenas eficazes na limpeza da pele, mas também para a eliminação de vírus, incluindo o que causa a Covid-19. As descobertas desafiam o ceticismo em torno da eficácia desses produtos e fornecem evidências valiosas que apoiam suas propriedades antivirais.

“Os limpadores suaves são tão eficazes em destruir a capa de lipídeos de vírus, como o coronavírus, quanto sabonetes agressivos”, destaca a farmacêutica Maria Eugênia Ayres, gerente técnica da Biotec Dermocosméticos. “O uso de sabonetes mais abrasivos está ligado a um maior ressecamento da pele, então a substituição pelos limpadores suaves ajuda a tratar ou prevenir a dermatite de contato – uma doença de pele comum que causa vermelhidão e inchaço na pele com uma superfície seca e danificada-.”

Para tal conclusão, a equipe de pesquisa investigou a eficácia antiviral de vários produtos, incluindo sabonete antibacteriano, sabonete natural, espuma de limpeza e produtos de banho. Os resultados, publicados na revista Frontiers in Virology, revelaram que os limpadores suaves exibiram eficácia significativa na eliminação de vírus envelopados – como o do HIV, da herpes, da dengue e influenza –, enquanto os vírus não envelopados – HPV e hepatite A e E, por exemplo – mostraram resistência a todos os tipos de produtos, independentemente se eram suaves ou agressivos.

Até este trabalho, existiam evidências limitadas sobre a eficácia antiviral de produtos de limpeza e sabonetes suaves contra diferentes tipos de vírus. As descobertas abordam essa lacuna de conhecimento e fornecem informações valiosas sobre o papel desses produtos na prevenção da transmissão de infecções virais.

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Segundo a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a pele possui uma cobertura como uma “película lubrificante” na sua superfície. “Esse manto lipídico tem função de proteção e de preservar a hidratação e a saúde da pele. A lavagem excessiva das mãos pode acabar ‘destruindo’ essa camada lipídica protetora e o resultado será uma pele mais ressecada. E a pele seca coça. Essa coceira pode acarretar irritações, eczemas (pele vermelha e mais grossa) e dermatites de contato (alergias na pele devido contato com algum agente desencadeante)”, acrescenta.

Para evitar esses efeitos adversos, os especialistas recomendam o uso de limpadores que contenham ativos como CleanSoap DH. Esta base concentrada dermocosmética aniônica para sabonetes líquidos e mousses de limpeza oferece uma formulação suave e hipoalergênica com pH balanceado. Sua composição é isenta de solventes e biodegradáveis, garantindo compatibilidade com a pele e mucosas.

A importância do estudo se estende aos profissionais de saúde que lavam as mãos com frequência, às vezes até 100 vezes durante um turno de 12 horas e aos efeitos adversos não intencionais decorrentes. Além disso, o estudo constatou que a incorporação de agentes adicionais, como hidratantes, não prejudicou a atividade antiviral dos produtos. Portanto, o que vale é estar de mão lavada, não importa como.

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