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Variantes do SARS-CoV-2 podem causar diferentes sintomas de Covid longa

Estudo italiano mostrou que infectados pela cepa alfa não tiveram os mesmos sintomas neurológicos e emocionais de quem pegou a forma original do vírus

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 mar 2022, 18h43

As diferenças de sintomas da Covid longa, quando os efeitos da doença se prolongam por semanas após a recuperação da infecção, podem ser justificadas pelas cepas do SARS-CoV-2. É o que sugere um novo estudo italiano que, ao comparar infectados pela forma original do novo coronavírus e pela variante de preocupação alfa, constatou mudanças no padrão de sequelas neurológicas e cognitivas ou emocionais dos pacientes.

O achado foi detectado quando os pesquisadores da Universidade de Florença e do Hospital Universitário Careggi analisaram os sintomas de pacientes infectados no período de março a dezembro de 2020, durante a circulação da cepa original, e de janeiro a abril de 2021.

Nas pessoas que tiveram a variante alfa, houve um aumento de sintomas como dores musculares, insônia, confusão mental e depressão e ansiedade. Por outro lado, perda de olfato, dificuldade de engolir e deficiência auditiva apareceram com menor frequência.

O grupo explicou que a análise não prova causa e efeito, pois não foi possível confirmar qual variante do vírus causou a infecção nos pacientes, mas destaca a importância da pesquisa.

“Muitos dos sintomas relatados neste estudo foram medidos, mas esta é a primeira vez que eles são associados a diferentes variantes do Covid-19. Pesquisas futuras devem se concentrar nos possíveis impactos de variantes de preocupação e status de vacinação nos sintomas em andamento”, diz Michele Spinicci, um dos autores do estudo em comunicado sobre a pesquisa, que será apresentada no próximo mês no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID).

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O grupo realizou um estudo observacional retrospectivo de 428 pacientes e verificou ainda que ao menos três quartos deles relataram ao menos um sintoma persistente, como falta de ar (37%), fadiga crônica (36%) e problemas de sono (16%).

Aqueles que evoluíram para formas mais graves apresentaram seis vezes mais chances de ter Covid longa e mulheres demonstraram duas vezes mais propensão a ter a condição. Mas pacientes com diabetes tipo 2, aparentemente, têm risco menor de desenvolver sintomas de Covid longa. Os pesquisadores afirmam que é preciso aprofundar os estudos sobre esses resultados.

Abaixo, os números da vacinação no Brasil:

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