Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Vacinação contra mpox começa no Brasil na segunda; veja público-alvo

Ministério da Saúde informou que serão distribuídas 47 mil doses para proteção de pessoas com risco aumentado de evolução para as formas graves da doença

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 mar 2023, 16h37 - Publicado em 9 mar 2023, 14h13

A vacinação contra a mpox, doença que ficou conhecida como varíola dos macacos, será iniciada no Brasil a partir da próxima segunda-feira, 13, e a primeira fase da campanha terá como público-alvo pessoas que vivem com o HIV – o vírus da aids -, profissionais que atuam em laboratórios que lidam com o vírus causador da doença e pacientes que tiveram contato com fluidos corporais de casos suspeitos ou confirmados da infecção. Segundo o Ministério da Saúde, serão distribuídas 47 mil doses aos estados e municípios.

Para a ação, serão utilizadas doses do imunizante recebidas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que estavam sem estratégia para utilização ou sem uso. A primeira remessa, com 9,8 mil doses destinadas a estudos de efetividade, chegou ao país em outubro do ano passado, dois meses depois do início da Campanha Nacional de Prevenção à Monkeypox (nome usado para identificar a doença na época).

A pasta informou que, como os casos da doença estão em queda no país e no mundo, a estratégia de vacinação vai “priorizar a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença”.

A zoonose viral foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em julho do ano passado. Segundo a plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, foram contabilizados 86,3 mil casos e 111 mortes no mundo. O Brasil registrou 10,8 mil casos e 15 óbitos.

Quem será vacinado contra a mpox

  • Pessoas que vivem com HIV/Aids com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses (grupo representa cerca de 16 mil pessoas em todo o país)
  • Profissionais que atuam nos laboratórios em contato com o vírus (pré-exposição)
  • Pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença (pós-exposição)

O ministério recomenda que, para a vacinação pré-exposição, seja feito um intervalo de 30 dias após tomar outras vacinas. “Em situação de pós-exposição, cujo principal objetivo é bloqueio da transmissão, a recomendação é que aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunobiológico”, completa.

Continua após a publicidade

Mpox

Descoberta em 1958, a mpox foi observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS alertou para o fato de que essa não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.