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Vacina contra ebola tem resultados promissores nos EUA

Na primeira fase de testes, 20 adultos receberam as injeções e todos desenvolveram os anticorpos necessários para combater o ebola

Por Da Redação
27 nov 2014, 11h03

Cientistas estão mais perto de desenvolver uma vacina contra o ebola, após resultados promissores de um teste de fase 1. Eles advertem, no entanto, que será preciso mais tempo de estudo antes que a vacina possa ser testada em larga escala. A pesquisa foi publicada na quarta-feira, no periódico New England Journal of Medicine.

A notícia vem à tona em meio à pior epidemia na história da febre hemorrágica, que até agora matou cerca de 5 600 pessoas, a maioria no oeste da África, e enquanto empresas farmacêuticas e agências de saúde lutam contra o tempo para aprovar rapidamente remédios experimentais e vacinas que possam conter o surto.

Na primeira fase de testes, 20 adultos saudáveis tomaram injeções, divididas em doses maiores e menores da vacina, e todos desenvolveram os anticorpos necessários para combater o ebola, informou o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), que conduziu o estudo.

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“A escala sem precedentes da epidemia atual de ebola no oeste da África intensificou os esforços para o desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês), que desenvolve a vacina em conjunto com o laboratório GlaxoSmithKline.

“Com base nestes resultados positivos obtidos no primeiro teste com humanos desta candidata a vacina, aceleramos nossos planos para a realização de testes mais amplos a fim de determinar se a vacina é eficaz na prevenção da infecção por ebola”, acrescentou.

Essa vacina, porém, ainda está longe de ser testada em campo. O NIAID está “em ativa discussão com autoridades liberianas e outros parceiros sobre o próximo estágio dos testes com a vacina no oeste da África” para sua eficácia e segurança, mas nenhum anúncio sobre testes de larga escala é aguardado antes do início do ano que vem. Não existe tratamento ou vacina licenciada contra o vírus ebola, que é transmitido pelos fluidos corporais.

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Anticorpos em quatro semanas – Os voluntários começaram a tomar as injeções em setembro e todos desenvolveram anticorpos ao vírus, conforme observado em exames de sangue realizados ao longo de quatro semanas.

Os 10 participantes do grupo que tomou a dose mais elevada desenvolveram níveis de anticorpos mais altos, informou o NIH. Além disso, duas pessoas do grupo que tomou a dose mais baixa e sete do que recebeu a dose mais alta desenvolveram células imunológicas do tipo CD8 T, que são importantes na resposta do corpo à doença.

“Sabemos, a partir de estudos anteriores com primatas, que as células CD8 T desempenharam um papel crucial na proteção dos animais que tomaram a vacina e, então, foram expostos ao ebola”, disse a pesquisadora Julie Ledgerwood, principal encarregada do teste.

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Nenhum dos voluntários apresentou efeitos colaterais sérios no período do estudo, ainda que dois tenham tido febre moderada por um breve período, 24 horas após aplicada a injeção.

Tipos de vacinas – A vacina utiliza um vírus modificado de gripe que afeta chimpanzés para abrigar segmentos do material genético do ebola. O material genético não consegue se espalhar pelo corpo como faz o vírus integral, mas ainda é capaz de ativar resposta nos anticorpos.

A versão testada no NIH contém material de dois subtipos de ebola: o do Zaire, responsável pela epidemia atual no oeste da África, e outra chamada ebola do Sudão. Uma segunda versão da vacina, desenvolvida para bloquear apenas o ebola do Zaire, também teve os testes iniciados em outubro na Universidade de Maryland.

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Outra vacina experimental que apresentou resultados promissores em primatas foi a canadense VSV-EBOV, licenciada pela empresa americana NewLink Genetics. Ela também está nos estágios iniciais de testes em humanos.

(Com Agência France-Presse)

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