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Substância encontrada em cosméticos aumenta risco de parto prematuro

Estudo diz que reduzir esses produtos químicos em 50% poderia prevenir partos prematuros em 12%

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 jul 2022, 18h18

Um novo estudo do National Institute of Health, publicado no JAMA Pediatrics, descobriu que algumas substâncias químicas presentes em cosméticos, solventes, detergentes e embalagens de alimentos pode aumentar o risco de parto prematuro. Segundo a pesquisa, mulheres grávidas que foram expostas a alguns desses disruptores endócrinos, durante a gravidez, apresentaram esse quadro.

“Os pesquisadores descobriram que as mulheres com concentrações mais altas de vários metabólitos de ftalatos na urina eram mais propensas a dar à luz a seus bebês prematuros, de maneira geral em três ou mais semanas antes da data prevista”, explica Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita.

Ter um parto prematuro pode ser perigoso tanto para o bebê quanto para a mãe, por isso é importante identificar os fatores de risco que podem evitá-lo. Bebês que nascem antes da época, ainda não estão totalmente formados e podem ter alguns problemas graves, em especial, respiratórios. No levantamento, os pesquisadores reuniram dados de 16 estudos realizados nos Estados Unidos que incluíram dados sobre metabólitos de ftalatos urinários pré-natais e momento do parto de um total de 6.045 mulheres grávidas que deram à luz entre 1983 e 2018. Dessas, 9% das mulheres tiveram parto prematuro. Metabólitos de ftalatos foram detectados em mais de 96% das amostras de urina. “As descobertas mais consistentes foram para a exposição a um ftalato que é comumente usado em produtos de cuidados pessoais, como esmaltes e cosméticos”, explica o especialista.

Os pesquisadores também descobriram que reduzir a mistura de níveis de metabólitos de ftalatos em 50% poderia prevenir partos prematuros em 12%, em média. “Intervenções direcionadas a comportamentos, como tentar selecionar produtos de higiene pessoal sem ftalatos (se listados no rótulo), ações voluntárias de empresas para diminuir em seus produtos ou mudanças nos padrões e regulamentações podem contribuir para a redução da exposição e proteger as gestações”, diz o médico. “É difícil para as pessoas eliminar completamente a exposição a esses produtos químicos na vida cotidiana, mas os resultados mostram que mesmo pequenas reduções em uma grande população podem ter impactos positivos tanto para mães quanto para seus filhos”, finaliza o médico.

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