Mais dois casos de varíola dos macacos (monkeypox, em inglês) foram confirmados no estado de São Paulo, segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada no fim da noite desta terça-feira, 21. Com os novos registros, o número de casos da zoonose viral capaz de infectar humanos subiu para 11 no Brasil.
De acordo com a pasta, foram diagnosticados dois homens, entre 36 e 38 anos, que moram em São Paulo, mas têm histórico de viagem para Europa, onde há surto da doença. “Os dois pacientes apresentam quadro clínico estável, sem complicações e estão sendo monitorados pelas Secretarias de Saúde do estado e município”, informou, em nota, o ministério.
Outro caso, também no estado de São Paulo, tinha sido anunciado pela pasta na noite desta terça. Trata-se de um homem de 27 anos que mora em Nova York. Ele está estável e sem complicações.
Até o momento, são sete registros em São Paulo e há casos confirmados da doença no Rio Grande do Sul (2) e no Rio de Janeiro (2). De acordo com a pasta, dez casos suspeitos estão em investigação. “Dois dos casos confirmados já receberam alta e todos os outros seguem isolados e em monitoramento”, disse o ministério.
Descoberta em 1958, a varíola dos macacos recebeu este nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.
Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. A doença é endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.
Análises preliminares sobre os primeiros casos do atual surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.