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Sistema imune: nosso exército de defesa

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde lançou um alerta, advertindo para o risco de uma segunda onda de gripe A pelo mundo. Na visão da OMS, o vírus H1N1 poderia se alastrar desta vez a partir da Europa, devido à proximidade do inverno. A preocupação, nessa situação, é dificultar a entrada do vírus no corpo […]

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h39 - Publicado em 27 ago 2009, 18h39
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  • Recentemente, a Organização Mundial da Saúde lançou um alerta, advertindo para o risco de uma segunda onda de gripe A pelo mundo. Na visão da OMS, o vírus H1N1 poderia se alastrar desta vez a partir da Europa, devido à proximidade do inverno.

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    A preocupação, nessa situação, é dificultar a entrada do vírus no corpo ou aumentar o poder de combate do organismo ao agente invasor, uma vez que a doença costuma encontrar terreno fértil entre os portadores de doenças pré-existentes ou entre aqueles cuja saúde está de alguma forma debilitada. É aí que entra em cena a discussão acerca do sistema imunológico, ou seja, as defesas do organismo às agressões microscópicas.

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    Quando uma pessoa se sente cansada e contrai doenças ou infecções com certa frequência, o diagnóstico popular, proferido até por quem é leigo, é simples e direto: a imunidade está baixa. Mas, afinal, o que faz o sistema imunológico? Será que ele é mesmo capaz de evitar aqueles problemas? “Ele funciona como um exército, que utiliza diversas armas para combater um determinado microorganismo”, explica Beatriz Carvalho, imunologista e chefe da disciplina alergia, imunologia clínica e reumatologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    A especialista esclarece que um vírus, por exemplo, ao entrar em contato com o organismo, é reconhecido pelo sistema inato, que é a nossa primeira linha de defesa e responsável por resolver a maioria das infecções contraídas. Caso o vírus não seja eliminado em poucas horas, o organismo recruta a imunidade adaptativa, que é mais elaborada e específica. Nela, aparecem os linfócitos B, que produzem anticorpos para combater os vírus, e os linfócitos T, que são capazes de detectar e matar as células infectadas. Confira o funcionamento dos mecanismos de defesa no quadro a seguir:

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    A batalha das células

    A batalha das células

    Dois sistemas de defesa atuam na proteção e erradicação de ameaças microscópicas

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    Tabela
    Tabela
    Sistema imune inato: formado por células que não precisam ter mantido contato anterior com o microorganismo invasor para combatê-lo Sistema imune adaptativo: formado por células que só reconhecem o microorganismo invasor caso tenham mantido contato anterior com ele (é o caso das vacinas)
    Proteção Proteção
    Células do sistema imunológico liberam a proteína interferon, que não permite que o vírus invasor se multiplique, protegendo o organismo contra infecções Células dos glóbulos brancos que produzem anticorpos identificam o vírus ou a bactéria e neutralizam esses microorganismos com uma espécie de “capa”
    Erradicação Erradicação
    As células NK (natural killers, ou “exterminadoras naturais”), produzidas pela medula óssea, identificam outras células infectadas e liberam substâncias que as destroem Linfócito T, células dos glóbulos brancos que detectam outras células infectadas, liberam proteínas para destruir as contaminadas. Após o processo, as células mortas são recolhidas

    Fonte: Beatriz Carvalho, imunologista e chefe da disciplina Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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    Sintomas como febre, diarreia, aumento no tamanho dos gânglios, tosse e espirro, entre outros, mostram que o sistema imune está reagindo contra algum mal. São mecanismos de defesa. “Se você come um alimento estragado, por exemplo, você tem uma reação inflamatória dentro do intestino: ele reage com uma diarréia para eliminar o mais rápido possível aquela coisa ruim”, explica a imunologista.

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    Entre as razões para o enfraquecimento do sistema imunológico, estão os problemas congênitos, desnutrição grave, stress, noites mal dormidas, má alimentação, exercícios físicos em excesso e uso de drogas imunossupressoras. Pessoas que lutam contra o câncer e portadoras do vírus HIV também podem ser vítimas. “É importante se alimentar direito, já que muitas células precisam de nutrientes como zinco e vitaminas para terem um bom desenvolvimento”, diz.

    Para pessoas sadias, as recomendações são básicas: manter uma alimentação saudável, dormir ao menos oito horas por noite e praticar exercícios físicos. “Todas as coisas que fazem bem para o corpo fazem bem para o sistema imune”, sintetiza Luiz Vicente Rizzo, imunologista e diretor-superintendente do Instituto Israelita de Pesquisa Albert Einstein.

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