São Paulo ainda não deu nenhum registro para estrangeiros
Cremesp afirma que encontrou falhas na documentação apresentada e aguarda posicionamento do governo
O início das atividades dos 55 profissionais formados no exterior selecionados para atuar no estado de São Paulo pelo programa Mais Médicos continua travado e sem previsão para acontecer. Até esta segunda-feira, nenhum registro havia sido concedido pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que aguarda posicionamento do Ministério da Saúde sobre inconsistências apontadas na documentação apresentada.
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Na última sexta-feira, representantes da Advocacia Geral da União (AGU) e do ministério se reuniram na sede do Cremesp para buscar um entendimento com a entidade, e tentar agilizar a emissão dos documentos. O governo se comprometeu a analisar as falhas apontadas durante o fim de semana para que os possíveis problemas fossem sanados o mais rápido possível, evitando mais atrasos.
No entanto, o dossiê apresentado pelo Cremesp na sexta-feira só foi protocolado nesta segunda-feira no Ministério da Saúde, segundo a AGU, que informou que os documentos começariam a ser analisados na própria segunda e ainda não havia conclusão.
Em São Paulo, pelo prazo de quinze dias que o governo deu ao conselho para analisar os pedidos, 46 expiraram nesta segunda-feira. Seis vencem na quarta e três só no dia 3 de outubro. Enquanto o registro não é fornecido, esses médicos ficarão nas cidades alocadas aguardando autorização para trabalhar. Por enquanto, estão visitando as unidades de saúde.
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Pelo país – Além de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Paraná, Pará, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Piauí também não concederam registro alegando pendências nos documentos. Um levantamento feito pelo jornal Estado de São Paulo em 23 conselhos regionais (com exceção de Minas Gerais, Distrito Federal, Roraima e Sergipe), aponta que até esta segunda-feira foram concedidos ao menos 158 registros aos médicos estrangeiros, o que representa 23% do total.
No entanto, em nota divulgada no final desta segunda-feira, o Ministério da Saúde informou que foi notificado de um número bem menor de registros: 87. De acordo com a pasta, foram liberados até o momento 28 médicos na Bahia, 29 no Ceará, onze em Pernambuco e dezenove no Rio Grande do Sul.
O governo já começou a trabalhar para tentar corrigir falhas na entrega dos documentos. A ideia é criar a figura de um responsável por grupos de até 50 médicos, que ficará encarregado de reunir os documentos e enviá-los para os conselhos regionais.
(Com Estadão Conteúdo)