Rio de Janeiro e São Paulo têm casos confirmados de varíola dos macacos
Segundo Ministério da Saúde, país tem cinco casos confirmados e morte suspeita em Minas Gerais foi descartada
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 15, que dois novos casos de varíola dos macacos (monkeypox, em inglês) foram confirmados nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Na capital fluminense, o diagnóstico foi feito em um homem de 38 anos, brasileiro, mas que mora em Londres e chegou à cidade no último sábado, 11. Em São Paulo, trata-se do terceiro caso e o paciente é um homem de 31 anos com histórico de viagem para a Europa. Até o momento, o país investiga oito casos e tem outros cinco confirmados: os três em São Paulo, o do Rio e um no Rio Grande do Sul.
No caso do Rio de Janeiro, o homem buscou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) no domingo, 12, e, segundo a entidade, tinha apenas uma lesão na pele e sintomas leves. A análise das amostras foi feita pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o resultado ficou pronto nesta terça-feira, 14.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio), o paciente está em isolamento domiciliar e cinco contactantes estão sendo monitorados.
Em São Paulo, o paciente está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, está “com bom quadro clínico”. Seus contatos também estão sendo monitorados. No estado, já foram confirmados outros dois casos importados: um na capital e outro em Vinhedo, no interior paulista.
O Ministério da Saúde informou ainda que a morte suspeita pela doença de um homem de 41 anos que era investigada em Minas Gerais foi descartada pela Fundação Ezequiel Dias. “As causas do óbito ainda estão em investigação”, informou.
A monkeypox é uma zoonose viral capaz de infectar humanos que está em surto na Europa e na América do Norte. Descoberta em 1958, a varíola dos macacos circula principalmente entre roedores e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados pelos roedores. Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. A doença é endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.