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Qual a relação entre a obesidade masculina e o maior risco de autismo?

Especialistas levantaram a hipótese de que homens obesos tem mais chances de ter um filho autista

Por Diego Alejandro
28 jun 2023, 18h56

Um estudo apresentado no Congresso Europeu de Reprodução Humana e Embriologia, em Copenhagen, na Dinamarca, revelou uma ligação potencial entre a obesidade masculina e um maior risco de ter um filho com autismo. A conclusão, dada por pesquisadores da Universidade de Copenhaguen, foi obtida por meio de uma investigação do impacto da perda de peso induzida por uma dieta de baixa caloria na concentração e contagem de espermatozóides em homens obesos.

O estudo envolveu 56 pessoas que portavam a doença crônica. Os participantes seguiram uma dieta hipocalórica inicial de oito semanas, seguida por 52 semanas de estratégias de controle de peso, que envolviam placebo, atividade física e peptídeos semelhantes ao glucagon.

Entre os 47 homens que completaram o estudo, foi observada uma perda de peso média de 16,5 kg durante a dieta de baixa caloria, além de melhorias significativas na concentração (de 78,5 ± 74,9 a 91,7 ± 70,8 milhões/ml) e contagem de espermatozóides (de 191,2 ± 189,4 a 250,6 ± 319,4 milhões/ejaculação) aos que mantiveram o peso perdido durante 52 semanas.

No trabalho, o pesquisador Romain Barrés enxergou mecanismos pelos quais uma crescente prevalência de obesidade é transmitida por fatores epigenéticos. “Um estudo de 2014 também relatou que pais obesos tinham um risco 73% maior de ter um filho diagnosticado com autismo, em comparação com pais não obesos”, disse. Outra pesquisa, publicada no periódico médico Pediatrics, concluiu que mulheres que ficam obesas durante a gravidez também apresentam 67% mais chances de ter um filho autista.

Essas descobertas sugerem que, embora os elementos genéticos contribuam para a etiologia dos distúrbios do autismo, os fatores ambientais também podem desempenhar um papel significativo. “A influência da dieta e do exercício não pode ser restrita ao esperma e seu epigenoma, mas pode se estender a uma gama mais ampla de características reprodutivas masculinas – e até mesmo não reprodutivas”, pontuou o pesquisador.

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