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Por que a nova subvariante está sendo chamada de “Cão do Inferno”?

Nome surgiu na Alemanha via Twitter. Sublinhagem da ômicron, ela cresce exponencialmente na Europa e nos EUA e já causou a primeira morte em São Paulo

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 nov 2022, 08h56 - Publicado em 10 nov 2022, 17h15

A nova subvariante da ômicron, BQ.1, que vêm crescendo rapidamente nos Estados Unidos e na Europa, e que deve causar um aumento exponencial de Covid-19 nas próximas semanas, ganhou um apelido inusitado: Cérbero ou Cerberus, o cão de três cabeças do Deus Hades que, na mitologia grega, guardava os portões do mundo dos mortos, para que as almas entrassem no reino subterrâneo, mas jamais saíssem e pudessem voltar. Também chamado de “cão do inferno”, a monstruosa figura traz uma serpente na cauda e cobras saindo de várias partes do seu corpo.

De acordo com relatos, este nome para a subvariante parece ter surgido pela primeira vez no Twitter. Não é oficial, mas parece ter sido usado para facilitar a memorização do tipo de variante. Várias outras variantes receberam nomes não oficiais, incluindo ‘Centaurus’ para BA.2.75.

Apesar do nome sinistro, não há indicação inicial de que a BQ.1 cause sintomas mais graves. “Cão do inferno certamente não é um nome adequado”, afirmou Carsten Watzl, secretário-geral da Sociedade Alemã de Imunologia.

De qualquer forma, os casos relacionados à subvariante vêm crescendo exponencialmente e causado novas infecções. Na França já representam 25% dos casos, 10% das novas infecções na Bélgica e 5% na Itália. “Na Espanha, são responsáveis por 2,7% das infeções ativas, com previsão que se torne dominante até o final de novembro ou início de dezembro”, disse a ministra da Saúde, Carolina Darias. Especialistas europeus alertaram ainda que o aumento observado na taxa de crescimento dessa sublinhagem provavelmente se deve ao escape imunológico e que existem evidências de que pode ser até 10% mais contagiosa. De acordo com Gregory Poland, um cientista da Mayo Clinic, “essa variante pode levar a um surto muito grave de doenças neste inverno nos EUA”.

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No Brasil, já existem ocorrências da BQ.1 no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Amazonas e em São Paulo, onde, na quarta-feira 9, registrou o primeiro óbito relacionado à nova cepa: uma mulher de 72 anos, que estava internada no Hospital São Paulo, entre os dias 10 e 17 de outubro e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, possuía diversas comorbidades. A capital paulistana tem ainda outro caso de BQ.1, um homem de 61 anos, que começou a apresentar sintomas no dia 7 de outubro, ficou isolado, mas não apresentou complicações em seu quadro. A nova subvariante foi identificada por meio de sequenciamentos genéticos realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como informou a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a BQ.1 tem prevalência de 6% e foi detectada em 65 países. Até o momento, não há dados epidemiológicos que mostrem um aumento na gravidade da doença pela nova cepa.

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