Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mortes por melanoma no Brasil podem aumentar 80% até 2040, aponta pesquisa

Tipo de câncer de pele representa apenas 3% dos casos no país, mas é potencialmente mais agressivo

Por Diego Alejandro
Atualizado em 28 nov 2023, 17h12 - Publicado em 28 nov 2023, 17h11

O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Dentre eles, o melanoma representa apenas 3% dos casos, mas é potencialmente mais agressivo. “Os números requerem atenção”, alerta a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), que ao levantar dados epidemiológicos da Cancer Tomorrow, identificou que as mortes anuais por melanoma no Brasil vão saltar de 2,2 mil para 4 mil em 2040, um aumento de 80% no comparativo entre os dois anos. 

O Cancer Tomorrow é uma ferramenta da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer, braço da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS), que prevê a incidência futura do câncer e a carga de mortalidade em todo o mundo a partir das estimativas atuais de 2020 até 2040. A previsão é que o número de casos anuais de melanoma no Brasil, também no comparativo entre os dois anos, crescerá de 8,6 mil para 14,8 mil, um aumento de 72%.

No mundo e no mesmo período, a previsão é de que o número de casos anuais salte de 325 mil para 510 mil (aumento de 57%) e aos óbitos subam de 57 mil para 96 mil, respectivamente (aumento de 70%). “Se você pegar a média mundial, o melanoma é muito raro na população árabe e oriental. Isso é boa parte da população global, então dilui muito”, explica João Pedreira Duprat Neto, coordenador da Comissão de Neoplasias da Pele da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e diretor no Centro de Referência em Oncologia Cutânea do A.C.Camargo Cancer Center.

“O que explicaria os números projetados pela OMS e o vai acontecer em si é que a população brasileira vem aumentando, então aumentarão as notificação de casos. E há um aumento constante e pequeno baseado na mudança de hábitos, que ocorre desde os anos 1970, das pessoas ficarem mais bronzeadas”, afirma o médico oncologista

Continua após a publicidade

Por isso, vale o aviso: o melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés.

O diagnóstico precoce é decisivo para o sucesso do tratamento e para maiores taxas de sobrevida em cinco anos, período considerado padrão para definir que o paciente possa ser considerado curado (após esse prazo, o risco da doença voltar é pequeno).

Segundo o levantamento SEER, do National Cancer Institute (NCI), dos Estados Unidos, o prognóstico para pacientes com comprometimento linfonodal é de 73,9% de taxa de cura. Porém, na presença de melanoma metastático, a taxa de sobrevida em cinco anos cai para 35,1%.

Continua após a publicidade

Critério ABCDE

Alguns sinais podem ser importantes para identificar tumores na pele. Se encontrados, é recomendado consultar um médico, que poderá avaliar por meio do critério ABCDE, um método simples para ajudar a memorizar as características de uma pinta, sinal ou mancha suspeita de câncer de pele, especialmente o melanoma:

(A) Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra; (B) Bordas irregulares: contorno mal definido; (C) Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul); (D) Diâmetro: maior que 6 milímetros; (E) Evolução: mudanças de tamanho, forma ou cor. 

Continua após a publicidade

No entanto, mesmo apresentando todas essas alterações, a lesão pode não ser um câncer de pele.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.