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Mortalidade por melanoma é maior entre pessoas negras, diz estudo

População tem diagnósticos tardios e taxas de sobrevivência mais baixas quando doença se apresenta, evidenciando desigualdades raciais e de gênero

Por Ligia Moraes Atualizado em 17 Maio 2024, 16h25 - Publicado em 17 Maio 2024, 14h00

O melanomatipo mais grave de câncer de pele — tende a ser encontrado em estágios mais avançados em pacientes negros e em áreas de extremidades do corpo, como braços e pernas, segundo um novo estudo realizado pela Mayo Clinic, renomada instituição americana especializada em cuidados de saúde e pesquisa médica, e publicado na editora científica Journal of Surgical Oncology

Embora o melanoma seja encontrado com menos frequência em peles com tons mais escuros do que em peles claras, a doença pode afetar qualquer pessoa. A pesquisa, que envolveu quase meio milhão de pacientes com melanoma, encontrou diferenças significativas na apresentação desse câncer entre pacientes negros e pacientes brancos. 

O papel do sexo  do paciente 

Uma das principais descobertas foi a diferença na resposta imune com base no sexo dos pacientes. Mulheres negras com melanoma tiveram melhores resultados em comparação aos homens negros. Homens geralmente eram diagnosticados em idades mais avançadas e tinham maior probabilidade de ter metástases para os gânglios linfáticos (responsáveis pela filtragem e armazenamento de células imunes para ajudar na defesa do corpo contra infecções e doenças), o que resultou em taxas de sobrevivência mais baixas.

Os pesquisadores descobriram que homens negros com melanoma em estágio 3 (quando a doença já se espalhou para os gânglios linfáticos próximos à área onde o câncer começou, mas não para órgãos distantes) têm apenas 42% de chance de sobreviver por cinco anos, em comparação com 71% para mulheres negras. Os autores têm a hipótese de que organismo feminino pode responder melhor a algumas imunoterapias do que os homens. Porém, a compreensão completa das razões por trás dessas diferenças ainda não está clara. 

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Nesse sentido, o estudo destaca a necessidade de mais pesquisas sobre melanoma em uma variedade de pessoas, incluindo mais participantes negros em ensaios clínicos. Isso ajudaria a preencher lacunas de conhecimento e potencialmente identificar tratamentos mais eficazes, uma vez que esse foi somente o primeiro grande estudo a confirmar que as diferenças de resultados do melanoma baseados no sexo existem dentro da população negra. 

Pacientes negros precisam de mais atenção 

O estudo também enfatiza a importância da detecção precoce e da conscientização sobre o melanoma, especialmente em pacientes negros. Os profissionais de saúde são incentivados a realizar exames minuciosos, inclusive em áreas onde o melanoma pode ser mais difícil de detectar em pele mais escura, como palmas das mãos, solas dos pés e debaixo das unhas.

Assim, os autores alertam sobre a importância de entender melhor como fatores como raça e sexo influenciam o diagnóstico e o tratamento da doença. Eles destacam ainda a necessidade de uma abordagem mais ampla e inclusiva na pesquisa e no tratamento do melanoma.

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