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Médicos detectam Parkinson pela saliva do paciente

Após analisarem a presença de proteínas anormais na saliva de 11 pacientes com Parkinson, pesquisadores detectaram a doença em nove deles

Por Da Redação
11 jan 2013, 10h35
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  • Pesquisadores americanos estão desenvolvendo uma forma de diagnosticar a doença de Parkinson por meio da análise da saliva dos pacientes. Segundo os especialistas, isso é possível pois as glândulas salivares de pessoas que sofrem do problema contêm proteínas anormais associadas ao Parkinson, o que pode tornar possível “um diagnóstico muito mais preciso para a doença do que os disponíveis atualmente”, afirmam eles.

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    O primeiro teste envolvendo a técnica foi feito pela Clínica Mayo em parceria com o Instituto de Pesquisa em Saúde Banner Sun, ambos nos Estados Unidos. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira pela Academia Americana de Neurologia e serão apresentados em março, quando acontecerá o encontro anual da entidade.

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    Ainda não existe um teste que faça um diagnóstico preciso da doença de Parkinson. Geralmente, a detecção da doença é feita na consulta clínica, quando os pacientes relatam o surgimento e o progresso de sintomas relacionados à condição, como alterações do sono e do olfato e problemas motores, principalmente rigidez muscular e tremores. Exames de imagens, como o ultrassom transcraniano, podem auxiliar o médico quando há dúvidas sobre a presença do Parkinson. O diagnóstico também pode ser feito por exclusão de outras doenças.

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    Segundo Charles Adler, neurologista da Clínica Mayo e coordenador desse novo estudo, autópsias realizadas anteriormente em pacientes com Parkinson permitiram que os médicos identificassem que proteínas anormais associadas à doença são “consistentemente encontradas nas glândulas salivares submandibulares, que ficam sob a mandíbula inferior”. No entanto, ainda de acordo com Adler, essa é a primeira vez que uma pesquisa mostra a possibilidade de utilizar essas glândulas para fazer o diagnóstico de Parkinson em pacientes que vivem com a doença. “Fazer o diagnóstico em pacientes vivos é um grande passo adiante em nossos esforços para tratar melhor os pacientes.”

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    Teste – Para testar a técnica, a equipe de Charles Adler selecionou 15 pacientes com uma média de 68 anos de idade que tinham a doença de Parkinson há, ao menos, 12 anos. Todos esses indivíduos faziam tratamento para a doença e respondiam bem aos medicamentos. Os pesquisadores realizaram biópsias de glândula salivar submandibular e de glândula salivar menor (no lábio inferior) e, então, examinaram a presença das proteínas anormais relacionadas ao Parkinson.

    Essa análise foi possível em 11 dos 15 participantes, pois somente eles tinham “tecido suficiente para ser examinado”. Segundo os resultados, o teste da saliva detectou a doença de Parkinson em nove desses 11 pacientes, e a eficácia do procedimento foi maior quando examinadas as glândulas salivares submandibulares do que quando estudadas as glândulas menores. “Essa descoberta pode ser de grande utilidade quando é necessária uma prova definitiva da doença de Parkinson, especialmente nos momentos em que se considera a execução de procedimentos invasivos, como a cirurgia de estimulação cerebral profunda ou a terapia genética”, diz Andler.

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