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InCor pede autorização para testar vacina em spray contra a Covid-19

O estudo clínico deve ser iniciado em 2022. Os resultados dos testes em laboratórios demonstraram bons resultados do imunizante

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 out 2021, 20h29 - Publicado em 21 out 2021, 20h29

Nesta quinta-feira 21, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor) deu entrada no pedido de autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o começo dos estudos clínicos fases I e II da vacina contra a Covid-19 administrada em spray nasal. Se aprovados, os testes devem ter início em janeiro de 2022. “Estamos esperançosos nos resultados clínicos desta vacina em spray, pois todos os testes que nos propomos a fazer têm nos mostrados importantes conquistas no combate ao vírus”, diz Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do InCor, e professor titular da faculdade e pesquisador chefe do estudo.

A pesquisa contará com 280 participantes distribuídos em 7 grupos – seis deles tomarão doses diferentes entre si, para testar a melhor dosagem, e o último receberá apenas placebo. As duas primeiras fases dessa etapa clínica terão duração de até três meses e incluirão a análise de segurança, a resposta imune e o esquema vacinal mais adequado. Até agora, os experimentos com animais imunizados com a vacina do InCor apresentaram altos níveis de anticorpos IgA e IgG e uma resposta celular protetora.

Kalil explica que o objetivo do modelo em formato de spray de aspiração nasal é combater o Sars-Cov-2 nas vias aéreas. “O vírus entra no organismo pelo nariz infectando a mucosa. O nosso foco é criar uma vacina que atue diretamente no sistema respiratório, fortalecendo a resposta imune de toda essa região, de forma a evitar a cadeia de infecção do indivíduo, desenvolvimento da doença e transmissão para outras pessoas.”

Diferente das vacinas que existem atualmente e usam a proteína spike para induzir a resposta imune do organismo, o imunizante do InCor utiliza peptídios sequenciais – biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos – derivados de proteínas que compõe o vírus. Para a administração pelas vias aéreas superiores, a proteína vacinal será inserida em nanopartículas capazes de atravessar a barreira de cílios e muco presentes no nariz, chegando às células. Esse mecanismo, diz Kalil, é capaz de aumentar o nível de imunoglobulinas A, anticorpos defensores das mucosas, além de potencializar a resposta celular local, elevando sua proteção. “O coronavírus vai persistir na sociedade. Sabe-se que as vacinas atualmente em uso não garantem a proteção por longos períodos, sendo necessário um reforço vacinal. Como a maioria da população brasileira está imunizada, iremos recrutar voluntários já vacinados contra Covid-19 e com isto poderemos analisar o efeito de potencializar a resposta imune”, esclarece.

O imunizante desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia do InCor conta com a parceria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Faculdade de Medicina da USP, do Instituto de Ciências Biomédica e  da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

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Confira os números da vacinação no Brasil:

 

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