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Grã-Bretanha autoriza reprodução assistida com ‘três pais’

A nação é a primeira a legalizar a técnica que pode prevenir doenças herdadas geneticamente

Por Da Redação
26 fev 2015, 13h51
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  • A Câmara dos Lordes aprovou na terça-feira a reprodução assistida com genes de três pessoas. No começo do mês a medida já havia sido aprovada pela Câmara dos Comuns, e agora o Estado se torna o primeiro a legalizar a técnica. A denominada doação mitocondrial tem como objetivo evitar a transmissão de doenças genéticas.

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    Doação de mitocôndria
    Doação de mitocôndria (VEJA)

    O tratamento é conhecido como fertilização in vitro com “três progenitores” porque os bebês, nascidos a partir de embriões geneticamente modificados, carregariam o DNA de uma terceira doadora, além dos da mãe e do pai.

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    A técnica mistura o DNA mitocondrial de uma doadora saudável com o núcleo do óvulo da mãe, que contém o DNA comum e é responsável por nossas características físicas e a maior parte das condições de saúde. Com isso, espera-se evitar doenças como problemas cardíacos, insuficiência hepática, distúrbios cerebrais, cegueira e distrofia muscular hereditária.

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    Mayana Zatz, geneticista da Universidade de São Paulo, explica que o DNA da mitocôndria corresponde a apenas 0,02% dos genes de uma pessoa, enquanto os demais 99,8% são o DNA que está no núcleo das nossas células. Por isso, não é correto dizer que a criança terá duas mães. “O DNA está quase todo no núcleo. É o mesmo que dizer isso de uma pessoa que passou por um transplante, por exemplo”, afirma Mayana.

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    Avanço – Embora a técnica ainda esteja em fase de pesquisa na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, os especialistas acreditam que, agora que os obstáculos legais foram superados, o primeiro bebê de “três pais” nasça na Grã-Bretanha em 2016.

    “A decisão garantirá que mães que carregam mitocôndrias defeituosas possam ter filhos saudáveis, livres das condições devastadoras”, comemorou Mark Downs, presidente da Sociedade de Biologia.

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    Estima-se que doenças mitocondriais leves afetem uma a cada 200 crianças nascidas, e os casos mais severos, uma a cada 6 000.

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    (Da redação de VEJA.com)

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