Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Gafanhotos e grilos são os novos superalimentos?

Novo estudo revela que os insetos são fontes de antioxidante, substância que combate os radicais livres e previne o surgimento de tumores cancerígenos

Por Redação
Atualizado em 16 jul 2019, 18h53 - Publicado em 16 jul 2019, 18h06

Novo estudo indica que comer insetos, como cigarras e bicho da seda, pode ajudar na prevenção do câncer. A pesquisa, publicada na revista Fontiers in Nutrition, revela que os insetos são excelentes fontes de antioxidante, substância que combate os radicais livres e protege o DNA contra danos que podem desencadear o surgimento de tumores cancerígenos.

De acordo com os pesquisadores, gafanhotos e grilos, por exemplo, contêm cinco vezes mais poder antioxidante do que o suco de laranja natural — considerado uma das principais fontes de vitamina C (um tipo de antioxidante). “Os insetos que podem ser ingeridos por pessoas e animais são uma excelente fonte de proteína, ácidos graxos poli-insaturados, minerais, vitaminas e fibras”, disse Mauro Serafini, principal autor do estudo, ao Daily Mail.  

Os cientistas ainda ressaltaram que pelo menos dois bilhões de pessoas têm como parte da dieta o consumo regular de insetos — o que pode estar garantindo proteção contra o câncer, além de assegurar melhor saúde geral. As populações que mais rejeitam a ideia de adicioná-los a dieta são os ocidentais.

Estudo

Para chegar a essa conclusão, a equipe da Universidade de Teramo, na Itália, analisou 12 tipos de insetos diferentes e dois tipos de invertebrados que podem ser consumidos na alimentação. Entre os insetos estavam: larva da farinha, vermes de búfalo, cigarras, formigas pretas, lagartas africanas, bichos da seda, gafanhotos, grilos, mini grilos, insetos gigantes da água, centopeias gigantes da Amazônia, tarântulas zebra tailandesas e escorpiões negros. 

Antes de moer os bichos, os pesquisadores removeram partes do corpo que não podem ser consumidas (asas ou ferrões); em seguida, o conteúdo moído foi separado de acordo com o tipo: solúvel em gordura ou em água. A partir daí, a equipe analisou todos os insetos para verificar a quantidade de antioxidantes disponível.

A análise mostrou que as melhores fontes da substância são grilos, gafanhotos e bichos da seda. Outra boa fonte são cigarras noturnas e lagartas africanas, que contêm o dobro de antioxidantes encontrados no azeite de oliva. A equipe descobriu também que gafanhotos, formigas pretas e larvas da farinha são as melhores fontes de polifenóis — substância com propriedades anticâncer, anti-inflamatórias e antioxidantes.

Já insetos carnívoros — que se alimentam de outros insetos ou animais mortos — não oferecem a mesma quantidade de antioxidante. Entre eles estão: formigas pretas, tarântulas zebra tailandesas, escorpiões negros e insetos gigantes da água.

“No futuro, poderemos adaptar os regimes alimentares para a criação de insetos, a fim de aumentar seu conteúdo antioxidante para consumo animal ou humano”, disse Serafini. O pesquisador destacou que o consumo de insetos também é uma forma de proteger o meio ambiente. 

Continua após a publicidade

A equipe ressaltou que, apesar dos resultados, são necessárias mais pesquisas para confirmar se o consumo de insetos fornece realmente esta alta quantidade de antioxidantes ou se o potencial é perdido durante a digestão.

Poder antioxidante

Os antioxidantes são substâncias que evitam o oxidação de moléculas. Uma das funções mais importantes dos antioxidantes é reduzir o número de radicais livres — moléculas que podem surgir com a oxidação. Elas fazem parte do organismo, mas quando produzidas em altos níveis, podem danificar o DNA e outras partes da célula, o que pode desencadear doenças, incluindo o câncer. Entre os fatores que podem contribuir para o aumento dos radicais livres estão a radiação e toxinas do ambiente. 

Portanto, uma alimentação rica em antioxidantes traz inúmeros benefícios para a saúde. Entre os alimentos ricos em antioxidantes estão: laranja e morango (vitamina C); cenoura e damasco (betacaroteno); milho e amendoim (vitamina E); feijão e cereais integrais (zinco); tomate e melancia (licopeno); e frutas vermelhas e nozes (ácido elágico).

Continua após a publicidade

Agora, os cientistas indicam que insetos comestíveis podem ser ainda mais poderosos do que muitos alimentos convencionais.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.