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Febre amarela: autônomo de 26 anos morre com suspeita da doença

Morador do bairro Horto Florestal, zona Norte de São Paulo, jovem passou em uma unidade de saúde e em dois hospitais. Ele estava noivo.

Por Thaís Botelho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jan 2018, 15h34 - Publicado em 18 jan 2018, 17h43

Após sete dias de idas e vindas em uma unidade de saúde e em dois hospitais na região Norte de São Paulo, o autônomo Thiago del Ciampo, de 26 anos, morreu na manhã da terça-feira 16, em decorrência de “hemorragia pulmonar, hepatite fulminante, icterícia febril e febre hemorrágica” — informações do atestado de óbito e ocorrências comuns à quadros graves de febre amarela.

“Ouvimos de mais de um médico que ele estava com a doença, mas não tivemos a confirmação oficial. O Thiago lutou até o último momento. Foi muito guerreiro”, explicou Aline de Oliveira, 28 anos, amiga de infância da vítima.

Morador do bairro Horto Florestal, na zona Norte, Thiago estava noivo da também autônoma Amanda Boroczky, de 26 anos e, juntos, construindo uma casa no município de Mairiporã (local em que foram registradas seis mortes decorrentes da doença) e onde ele esteve na quinta-feira 4.  No domingo 7 começou a sentir fortes dores nas costas e o quadro evoluiu para febre, na segunda-feira 8.

Um dia depois, Thiago passou em uma Ama (Assistência Médica Ambulatorial) no Jardim Peri, na mesma região, e o diagnóstico foi de “suspeita de dengue”.  O jovem, então, foi orientado a voltar para casa e hidratar-se. Mas o quadro piorou e as dores ficaram ainda mais fortes.

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Após três dias, retornou ao mesmo local e rapidamente foi levado de ambulância para o Hospital do Mandaqui, próximo à região. “Os exames dele estavam alterados e ele foi encaminhado para a UTI, onde ficou por dois dias já com suspeita de febre amarela”, contou Aline. “Em seguida ele teve de ser transferido para o Hospital das Clínicas”.

No último hospital, passou por transfusão de plaquetas, teve convulsões e recebeu o diagnóstico de hepatite fulminante, com comprometimento de pâncreas e rins.

Já em coma induzido, ao longo do período de internação, Thiago teve 2 paradas cardíacas e morreu no início desta semana. “Nos últimos dias na UTI, tentei alimentá-lo logo após um procedimento, mas ele disse que não poderia comer naquele momento. Ficou me chamando de teimoso, pois eu queria que ele se alimentasse. Foi um grande homem”, disse o irmão Fabiano.

Após seis anos de relacionamento, Thiago e a noiva esperavam a finalização do imóvel para, enfim, marcarem a data do casamento.

O velório e o enterro aconteceram no Cemitério Parque dos Pinheiros, na quarta-feira 17.  Thiago era o único da família que não havia tomado a vacina contra a febre amarela.

 

Thiago e a noiva Amanda, ambos de 26 anos — estavam construindo uma casa e iriam marcar a data do casamento (Foto/Arquivo pessoal)

 

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