Novas descobertas feitas por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Warwick, na Grã Bretanha, podem ajudar na criação de um exame de sangue capaz de prever o risco de uma mulher ter depressão pós-parto. Uma pesquisa feita por esses especialistas identificou determinadas variações genéticas que são mais frequentes em mães que apresentam o problema. Portanto, segundo os autores, testes capazes de detectar tais variações poderiam ajudar a prevenir e tratar a depressão. Esses resultados foram apresentados nesta quarta-feira no Congresso Internacional de Endocrinologia, em Florença, na Itália.
Aproximadamente uma em cada sete mulheres que dão à luz sofrem dessa depressão, e o problema costuma aparecer cerca de duas semanas após o parto, segundo explicam os autores do trabalho. De acordo com os pesquisadores, trata-se de uma condição grave e cujos sintomas incluem tristeza, episódios de choro, diminuição da libido e ansiedade. Além da mulher, o problema pode também afetar a criança, já que mães depressivas tendem a ser menos afetuosas e interagir menos com seus filhos, que podem vir a desenvolver problemas emocionais e comportamentais ao longo da vida.
No estudo, foram avaliadas 200 mulheres grávidas em dois momentos: na primeira consulta pré-natal de cada uma e, depois, entre a segunda e a oitava semana após elas darem à luz. Os pesquisadores descobriram que aquelas que sofreram de depressão pós-parto foram mais propensas a apresentarem variações genéticas específicas em receptores que estão ligados à resposta hormonal ao stress. Essa atividade acontece no hipotálamo, região do cérebro relacionada aos sistemas nervoso e endócrino e à liberação de uma série de hormônios na corrente sanguínea. De acordo com os autores, testes sanguíneos poderiam identificar as variações e, assim, ajudar a prever o risco de depressão pós-parto.
De acordo com os especialistas, esses resultados sugerem que a depressão pós-parto é um subgrupo específico dos casos de depressão que são desencadeados por fatores ambientais e também genéticos. “Nós acreditamos que fizemos uma descoberta com importantes implicações clínicas e sociais. Se pudermos identificar com antecedência quais mulheres podem sofrer de depressão pós-parto, seremos capazes de tratá-las de forma adequada e em má fase inicial. Assim, melhoraremos não apenas a vida dos pais, mas também de seus filhos”, diz Dimitris Grammatopoulos, um dos autores do estudo.
Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre depressão pós-parto:
- Perguntas gerais
- Causas
- Prevenção
- Tratamento
Alberto d’Auria é ginecologista obstetra do grupo Santa Joana e especialista em doenças do colo uterino Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo
O que é depressão pós-parto?
Quais são os principais sintomas?
A depressão pós-parto pode atingir homens?
A mãe que teve depressão pós-parto na primeira gravidez pode ter novamente?
Quanto tempo pode durar a depressão pós-parto?
Quais os riscos para o bebê?
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Quais são as causas?
Qual o perfil da mulher mais suscetível à depressão pós-parto?
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Existe algum exame que possa detectar a depressão pós-parto?
É possível prevenir e evitar a depressão pós-parto?
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Qual é o tratamento para depressão pós-parto?
Como os pais podem ajudar a mãe durante este período?
Após o tratamento, a mãe pode retomar a maternidade normalmente?
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*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.