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Estudo contradiz relação entre dieta menos calórica e longevidade

Genética e alimentos saudáveis são mais importantes para garantir mais anos de vida, segundo pesquisa americana

Por Da Redação
29 ago 2012, 23h31

Uma dieta com 30% a menos de calorias não garante um aumento da expectativa de vida, como sugeriam pesquisadores, segundo um estudo realizado com 121 macacos da espécie rhesus, publicado nesta quarta-feira na revista científica britânica Nature.

O estudo contradiz as pesquisas realizadas no passado em camundongos e ratos e que estabeleciam uma relação entre a restrição alimentar e a longevidade. Nenhuma pesquisa deste tipo foi realizada, até agora, em seres humanos. Contudo, essa dieta permite que os macacos desfrutem de uma saúde melhor, com menos casos de enfermidades cardiovasculares, câncer e diabetes.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Impact of caloric restriction on health and survival in rhesus monkeys from the NIA study

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Onde foi divulgada: revista Nature

Quem fez: Julie A. Mattison, George S. Roth, T. Mark Beasley, Edward M. Tilmont, April M. Handy, Richard L. Herbert, Dan L. Longo, David B. Allison, Mark Bryant, Jennifer E. Young, Dennis Barnard, Walter F. Ward, Wenbo Qi, Donald K. Ingram, e Rafael de Cabo

Instituição: National Institute on Aging (NIA)

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Dados de amostragem: 121 macacos rhesus

Resultado: a dieta com restrição calórica não tem efeito imediato sobre a longevidade, mas mostrou impacto positivo sobre a saúde: os macacos desenvolveram menos câncer, diabetes e enfermidades cardiovasculares.

Durante 25 anos, os pesquisadores do Instituto Americano de Envelhecimento (National Institute on Aging – NIA) submeteram 121 macacos rhesus de pesos “normais” a restrições calóricas de 30%, alguns deles desde sua juventude (de 1 a 14 anos) e outros já em idade avançada e depois compararam os resultados obtidos com um grupo de controle.

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Não foi observada nenhuma diferença notável referente à longevidade entre os diferentes grupos de macacos, cuja expectativa de vida em cativeiro supera a de animais em liberdade, com uma média de 27 anos.

Impacto positivo – A restrição de calorias em idade avançada, contudo, teve um impacto positivo sobre o metabolismo, especialmente no índice de colesterol nos machos.

Os macacos tratados em sua juventude desenvolveram menos casos de câncer e de enfermidades cardiovasculares ou sofreram casos de diabetes mais tarde que no grupo de controle.

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“Esses resultados não tiveram um efeito imediato sobre a longevidade”, declarou Rafael de Cabo, um dos autores do estudo.

Comida saudável – O estudo do NIA, que contradiz os resultados de uma experiência em curso do laboratório de Wisconsin National Primate Research Center (WNPRC) que mostrou que a longevidade aumentava nos macacos rhesus submetidos à mesma restrição calórica, não antecipou nenhuma explicação.

Segundo Ricki Colman, coautor deste último estudo (WNPRC), a diferença poderia ser explicada pela composição da comida dada aos macacos do grupo de controle. Os macacos do grupo de controle NIA desfrutaram de uma alimentação “particularmente saudável”, com vitaminas e complementos minerais, o que poderia explicar uma duração de suas vidas similar a do grupo de controle.

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Por outro lado, os macacos do grupo de controle WNPR podiam se alimentar do que queriam, como acontece com o ser humano.

O pesquisador do WNPRC também não excluiu que a genética pode ter algum papel nas diferenças de longevidade que ele observou.

(Com Agência France-Presse)

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