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Estatina ajuda no tratamento de esclerose múltipla, diz estudo

Após dois anos de tratamento, remédio usado para o controle do colesterol diminuiu a atrofia do cérebro em 43%

Por Da Redação
19 mar 2014, 16h44
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  • A estatina, medicamento utilizado para o controle dos níveis de colesterol no sangue, também pode ajudar no tratamento de esclerose múltipla, uma doença autoimune, progressiva e incurável. Em um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico The Lancet, cientistas administraram altas doses (80 mg) diárias de sinvastatina (tipo de estatina) em pessoas com a enfermidade e após dois anos de tratamento constataram uma diminuição da atrofia do cérebro em 43%.

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    Título original: Effect of high-dose simvastatin on brain atrophy and disability in secondary progressive multiple sclerosis (MS-STAT): a randomised, placebo-controlled, phase 2 trial

    Onde foi divulgada: periódico The Lancet

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    Quem fez: John W. Valley, Aaron J. Cavosie, Takayuki Ushikubo, David A. Reinhard, Daniel F. Lawrence, David J. Larson, Peter H. Clifton, Thomas F. Kelly, Simon A. Wilde, Desmond E. Moser e Michael J. Spicuzza

    Instituição: Fundação Moulton, Fundação Berkeley, University College London Hospitals, entre outras

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    Resultado: Pesquisadores trataram 140 pacientes com esclerose múltipla secundária progressiva com doses diárias de estatina e descobriram que o remédio reduziu em 43% o atrofiamento do cérebro

    A esclerose múltipla é uma doença de causas desconhecidas que danifica ou destrói a mielina, uma substância que envolve e protege as fibras nervosas do cérebro, da medula espinal e do nervo óptico. Quando isso acontece, são formadas áreas de cicatrização, ou escleroses, que, em estágios iniciais, podem acarretar em perda da visão e dificuldade de movimento. Depois de dez a quinze anos, mais da metade dos pacientes desenvolve a esclerose múltipla secundária progressiva, um estágio no qual os sintomas se agravam. Até agora, nenhum remédio se mostrou eficiente nessa fase.

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    Os cientistas, então, decidiram investigar o potencial do medicamento em fases avançadas da doença. Eles recrutaram 140 pacientes com esclerose múltipla secundária progressiva em idades entre 18 e 65 anos. Durante dois anos, metade dos doentes ingeriu 80 mg de sinvastatina diariamente, enquanto a outra metade tomou placebo.

    Foram realizadas ressonâncias magnéticas em todos os participantes no começo e no fim do teste. O cérebro daqueles que tomaram sinvastatina encolheu 43% menos do que o dos voluntários que ingeriram placebo – uma redução de 0,3% ao ano. O remédio foi bem tolerado pelo organismo dos participantes.

    “No estágio progressivo da esclerose múltipla, o cérebro encolhe 0,6% por ano. A principal medida de sucesso da pesquisa é a redução dessa atrofia”, afirma o líder do estudo, Jeremy Chataway, da University College London Hospitals, da Inglaterra.

    Apesar dos bons resultados, Chataway diz que a pesquisa não necessariamente se reverte em uma melhora na condição dos pacientes com esclerose múltipla. Ele sugere que mais estudos de larga escala sejam feitos para confirmar a descoberta.

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