Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Eles deixaram a carne. Ou tentam fazê-lo

Depois de assistir a um documentário que pregava o fim do consumo de carnes, a vida da família Montenegro Bertolino começou a mudar – confira o infográfico. Habituado a porções moderadas dos itens de origem animal, o clã decidiu dar um passo radical: excluir completamente os produtos do cardápio. A ideia partiu do pai, o […]

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h40 - Publicado em 13 ago 2009, 11h50
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Depois de assistir a um documentário que pregava o fim do consumo de carnes, a vida da família Montenegro Bertolino começou a mudar – confira o infográfico. Habituado a porções moderadas dos itens de origem animal, o clã decidiu dar um passo radical: excluir completamente os produtos do cardápio. A ideia partiu do pai, o fotógrafo Roberto Loffel. A mulher, a psicóloga Maria Fernanda Montenegro, e as filhas Mariana, de 20 anos, e Beatriz, de 23, também assistiram à cena. Só faltou à sala o caçula André, de 11. “No documentário, vi a vaca tentando escapar do abate. Foi o suficiente”, conta Maria Fernanda.

    Publicidade

    Não foi a primeira vez que Maria Fernanda parou de comer carne – ela já havia tentado em duas oportunidades, mas a nova dieta não durou mais do que dois meses. A terceira vez está sendo bem-sucedida graças à mobilização familiar. “Parei de comer carne principalmente por causa do animal, do sofrimento. Além disso, passamos a ter uma alimentação mais saudável”, diz. Fatores ambientais, como o elevado gasto de água potável para a criação do gado, também embalaram a iniciativa da família.

    Publicidade

    Para aderir ao vegetarianismo, a família seguiu a cartilha indicada pelos nutricionistas. “Todos fomos ao médico para nos certificarmos de que ninguém tinha qualquer déficit de proteínas e nutrientes”, conta Maria Fernanda. Em seguida, os membros da família compraram livros e buscaram cardápios alternativos. “Passados dois anos, começa a ficar mais fácil”, diz a mãe. “O maior desafio é o inverno, quando não dá vontade de comer saladas. Se antes, as alternativas eram carne, bolinho de carne, frango e bife, agora é a vez de feijão, feijão preto, branco, lentinha”.

    Não houve pressão sobre os filhos. E o caçula André, passada a euforia vegetariana, expressou o desejo de voltar a comer carne. E de fato se readaptou a uma dieta não vegetariana. “Eu faço bife, filé de frango, mas ele também gosta de carne de soja”, conta Maria Fernanda.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Caídas e recaídas – Suspender o consumo de carnes exige força de vontade e também paciência, para enfrentar a reação das demais pessoas, nem sempre acostumadas a hábitos vegetarianos. “Você não tem dó do alface?”, era a pergunta que a jornalista Natália Mello, de 26 anos, mais ouvia de seus irmãos quando decidiu trilhar o novo caminho. A pressão teve resultados.

    Na primeira tentativa de riscar os produtos de origem animal de seu cardápio, ela tinha 16 anos; na segunda, 20. Ambas foram mal-sucedidas. Como não sabia exatamente como buscar em outros alimentos os nutrientes da carne, passou maus momentos: desenvolveu anemia nas duas vezes e quase precisou de transfusão de sangue. “Meus cabelos caiam, era tão desesperador que eu não queria lavar a cabeça por conta dos chumaços enormes que caiam na hora do banho”, conta.

    Publicidade

    Mas as dificuldades apenas adiaram a mudança. “É preciso aprender a comer adequadamente em termos nutricionais e só depois cortar a carne: hoje, como peixe e frango e às vezes tenho umas recaídas com carne vermelha”, diz. “É uma luta contra sua própria vontade e contra os hábitos de toda a sociedade”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.