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Doença misteriosa causa morte em Minas Gerais

Uma pessoa morreu e sete apresentam sintomas como problemas gastrointestinais, insuficiência renal e alterações neurológicas; o estado investiga os casos

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 jan 2020, 17h31 - Publicado em 9 jan 2020, 10h47

Uma doença misteriosa assusta os moradores de Minas Gerais. Os pacientes apresentam problemas gastrointestinais – como náuseas, vômitos e dor abdominal -, insuficiência renal aguda e alterações neurológicas – com paralisias e dificuldades na visão. Por essas características, a síndrome vem sendo chama de “nefroneural”. Entretanto, a causa ainda é desconhecida.

“Os quadros correspondem a várias doenças, não só infecções bacterianas e virais, mas também por produtos químicos e plantas. Todas as possibilidades devem ser consideradas nesse contexto e é fundamental uma investigação epidemiológica muito bem feita”, diz o infectologista Carlos Starling, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

As principais hipóteses investigadas como causas da doença são intoxicação infecção. Oito casos suspeitos da doença são investigados por autoridades de saúde de Minas Gerais: seis em Belo Horizonte, um em Nova Lima e outro em Ubá, no interior do estado. Todos os pacientes são homens, com idade entre 23 e 76 anos. O primeiro caso foi registrado em 19 de dezembro e um dos pacientes, de 55 anos, morreu na terça-feira (7) em Juiz de Fora, onde estava internado.

A média de dias entre o início dos sintomas e a internação foi de 2,5 dias. Todos apresentaram insuficiência renal aguda de rápida evolução (até 72 horas) e alterações neurológicas centrais e periféricas. Como ainda não se sabe a causa da doença, ainda não é possível fazer um tratamento eficaz nem um prognóstico do estado de saúde dos pacientes.

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“Até a causa ser descoberta, o que se pode fazer é tratamento dos sintomas e de suporte, como hidratação, hemodiálise e terapia intensiva”, explica Starling. Exames foram realizados pela Fundação Ezequiel Dias, que abriga o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais, e ainda não há resultados conclusivos.

A Secretaria de Saúde da capital investiga os aspectos clínicos, epidemiológicos e sanitários da doença. Além disso, fiscais sanitários agem na coleta de alimentos e demais produtos, para análise laboratorial, além de vistorias nos locais de aquisição desses produtos.

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A Polícia Civil de Minas Gerais está verificando indícios de crime relacionado à doença desconhecida. Há suspeita que uma bebida pode ter causado os sintomas. Até o momento, amostras de bebidas foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística para serem examinadas.

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, uma força tarefa foi formada com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e o Ministério da Saúde. Uma equipe especializada em epidemiologia foi enviada a Belo Horizonte na terça-feira para colaborar na investigação e no diagnóstico dos casos, segundo o Ministério da Saúde.

O governo do estado pede que novos casos sejam comunicados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde.

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