Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dia dos namorados: data para flores, chocolate e Viagra

No Brasil, a venda de medicamentos para disfunção erétil cresce no carnaval

Por Nana Queiroz
14 fev 2011, 16h31
  • Seguir materia Seguindo materia
  • “A ideia equivocada de que esses medicamentos são infalíveis pode gerar uma grande frustração no homem. É comprovado cientificamente que, se ele não estiver interessado na relação sexual, nenhum remédio fará milagre”

    Publicidade

    Maria Claudia Lordello, psicóloga e sexóloga da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

    Publicidade

    Além de chocolates e flores, a venda de outro item cresce às vésperas do Valentine’s Day, o dia dos namorados americano, celebrado nesta segunda-feira: o Viagra. Em 2010, na semana anterior à data, o número de prescrições para a droga de combate à disfunção erétil alcançou a impressionante marca de 199.450 – totalizando 1,34 milhão de pílulas nos Estados Unidos. Isso representa uma alta de 26%, comparando-se o período com a semana de menor consumo do ano, a de 26 de novembro, quando acontece o Thanksgiving (Dia de Ação de Graças). Os dados são da consultoria especializada em mercado farmacêutico Wolters Kluwer Pharma Solution.

    Fevereiro também foi mês de festa para o segmento farmacêutico no Brasil, mas por outra razão: o carnaval. Estatísticas divulgadas pela Bayer, fabrincante do Levitra, rival do Viagra, indicam que o consumo do item por aqui é mais alimentado pela farra do que pelo romance. Às vésperas do 12 de junho, dia dos namorados no Brasil, a venda de medicamentos de combate à disfunção erétil permaneceu estável em 2010. Às portas do carnaval, foi registrada evolução de 10%.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Características culturais poderiam explicar as diferenças de comportamento. “Os americanos mantêm uma cultura mais rígida, baseada em regras. É bastante plausível que eles também se sintam mais pressionados por essas regras no que diz respeito à vida sexual, acreditando que dia dos namorados é dia de fazer sexo”, teoriza Maria Cláudia Lordello, psicóloga e sexóloga da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Com os brasileiros, a história é diferente. No país, há mais liberdade e menos regulamentos sexuais”, completa.

    A liberalidade típica do carnaval, contudo, não isenta o brasileiro de cobranças, defende a psicóloga. Por aqui, os homens se sentiriam desafiados a desempenhar um bom papel diante das mulheres. “Como o carnaval é visto como uma data de sexualidade mais explícita, existe a obrigação de o rapaz, por exemplo, arrumar uma parceira durante a festa e cumprir sua ‘função de forma adequada'”, diz Maria Cláudia. “Os medicamentos de combate à disfunção erétil funcionam como garantia de que ele não vai decepcionar.”

    Publicidade

    A especialista lembra que medicamentos como Viagra, Levitra e Cialis não são afrodisíacos. Ou seja, não induzem a excitação masculina. Eles apenas aumentam o fluxo de sangue no pênis. O estímulo tradicional continua sendo necessário. “A ideia equivocada de que esses medicamentos são infalíveis pode gerar uma grande frustração no homem. É comprovado cientificamente que, se ele não estiver interessado na relação sexual, nenhum remédio fará milagre”, diz a sexóloga.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.