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Crianças que consomem muito açúcar são mais violentas, diz estudo

Pesquisadores descobriram que consumir alimentos com altos níveis de açúcar aumentam em 69% a probabilidade de as crianças praticarem bullying na escola

Por Da Redação
13 out 2018, 16h44

De acordo com uma revisão de estudos publicada na revista Social Science & Medicine, crianças e adolescentes que ingerem alimentos ricos em açúcar são mais propensos à violência e comportamentos de risco (consumo de bebida alcoólica e cigarro). A pesquisa ainda descobriu que a exposição a altos níveis de açúcar aumentam em 69% a probabilidade de as crianças se tornarem bullies (termo utilizado para caraterizar pessoas que praticam o bullying). Para a ingestão de álcool o risco é de 72% – dentro desta taxa, 95% estavam mais propensas a embriaguez. Já a probabilidade de tabagismo chegou aos 89%.

Segundo os pesquisadores, crianças menores de 6 anos não devem consumir mais do que 19 gramas de açúcar por dia. Para crianças acima dos 11 anos, a indicação é não passar das 30 gramas diária. Esses valores são menores do que os contidos em uma lata de Coca-Cola (35g) e uma barra de chocolate (33g).

O estudo

As pesquisas foram realizadas em 25 países europeus – Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estônia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Suíça e Reino Unido – e no Canadá. Os resultados foram baseado em índices comparativos que analisaram a quantidade de açúcar consumida e a frequência com que as 137.284 crianças – que tinham de 11 a 15 anos – intimidavam colegas, fumavam cigarro e bebiam álcool ao ponto da embriaguez.

Energéticos

As bebidas energéticas em excesso também trazem implicações comportamentais, aumentando em quase quatro vezes a probabilidade das crianças praticarem bullying com colegas de escola. Segundo os pesquisadores, os energéticos influenciam ainda mais o comportamento – em comparação com chocolates e doces no geral -, pois contêm cafeína.

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Além disso, as bebidas energéticas causam rápido aumento nos níveis de açúcar no sangue uma vez que não contêm fibra, nutriente que ajuda a reduzir as taxas de açúcar e gordura no organismo. Especialistas estimam que algumas bebidas podem ter cerca de 50 gramas de açúcar por lata. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão diária não ultrapasse as 25 gramas (seis colheres de chá).

Altos níveis de cafeína

Em um editorial publicado no periódico científico British Medical Journal, Russell Viner, presidente do Royal College de Pediatria e Saúde da Infância, afirma que um dos principais componentes dos energéticos é a cafeína, que aumenta os níveis de atenção e consciência. A substância traz prejuízos para o corpo, principalmente de crianças e adolescentes, pois eleva os níveis de ansiedade, reduz o sono – importante para a recuperação do organismo – e está ligada a problemas comportamentais em crianças. Uma lata pode conter pelo menos 320 miligramas por livro (mg/L); uma xícara de café tem entre 60 e 120 miligramas.

A cafeína leva mais tempo para ser eliminada do corpo em crianças e adolescentes em comparação aos adultos. Como resultado, essas bebidas podem levar a dores de cabeça, problemas comportamentais, insônia e problemas de ansiedade em grupos etários mais jovens. “Os energéticos são altamente comercializadas para adolescentes de maneiras que encorajam comportamentos de risco, incluindo consumo rápido e excessivo. Como resultado, as visitas de emergência por causa dessas bebidas estão aumentando”, disse Jennifer L. Harris, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, à Reuters

Já os autores do novo estudo disseram que pais e professores devem ficar atentos ao hábitos alimentares das crianças e jovens, pois o consumo excessivo de bebidas energéticas pode ser indicativo de comportamentos futuros.

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